Opiniao

Nascer para Sobreviver em contexto de ataques violentos

 

Por: Abudo Gafuro

Cada linha no rosto desta menina reflete a dor e o sofrimento que lhe trespassam o coração. Os seus olhos, outrora brilhantes de inocência, reflectem agora o medo e a tristeza pela perda dos seus entes queridos e amigos no meio da violência e do caos da guerra em Cabo Delgado no extremo norte de Moçambique.

Rugas de preocupação formam-se na sua testa, uma lembrança da dor e do medo que a assombram constantemente. Ela carrega o fardo da decapitação brutal do seu pai após ter negado de fazer parte do grupo não estatal que tem vindo semeando drama— um trauma que a perseguirá para o resto da vida.

As lágrimas que lhe escorrem pelas faces são um testemunho silencioso do seu sofrimento e dor indizíveis. O seu rosto carrega as cicatrizes da violência e da crueldade que testemunhou, que a marcarão para sempre.

A menina Ranya Almasse, vive com problemas psicológicos e sociais que os tempos Moçambicanos tem lhe desafiado para a sua própria sobrevivência.
O pai era um carpinteiro da vila sede de Macomia e que tinha uma mini mercearia no posto administrativo de Mocujo de onde a maior fonte de rendimento se conseguia pelo negócio que tinha crescido e o pai chegará em viajar para outras paragens geográficos do mundo de negócios em busca de mercadorias para abastecer a sua barraca/mini mercearia que tanto tinha o destaque por trazer novidades de Tanzânia principalmente no tal mercado de grandes movimentos econômico daquele capital Tanzaniano e Nampula onde era um ponto estratégico de marketing e comunicação para com os moradores daquele posto administrativo.

Mesmo perante a dor e o desespero, esta menina possui uma força interior indomável. Ela é um exemplo de resiliência e coragem face à adversidade, lutando para encontrar um fio de esperança e paz num mundo repleto de violência e tragédia.

Que possamos olhar para além das rugas do rosto desta criança deslocada em Cabo Delgado e reconhecer a sua humanidade, a sua dor e o seu sofrimento. Que lhe possamos dar o conforto e o apoio de que tanto necessita para que um dia possa recuperar a sua inocência perdida e reconstruir a sua vida no meio dos escombros da guerra.
Que é tão estranho e não se conhecendo a liderança do grupo não estatal que coloca uma observação e pressão ao nosso governo para poder encontrar formas de pôr um fim (Basta).

Estamos em tempos globais e de construção das novas nações independentes pelo jugo de colonização que perdurou cerca de 500 anos de tanto sofrimento, constrangimento, saque, confinamentos forçados, e brutalidades que nos imponham limitações de educação e formação profissional que hoje é um processo muito mal executado por cumprimentos de agendas de quem dita as regras. E tantas e se não milhares de crianças ficam marcadas pelo passado sombrio de não acreditar que a Educação é um instrumento que possa ser útil para mudança de comportamento e trazer novas descobertas de tecnologia, prática de Agricultura, Saúde, Ciências políticas, economia, engenharia e etc.
É preciso garantir os Direitos humanos e dos Povos que o país é ratificador e a lei mãe traz CRM bem como uma garantia constitucional.

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