De acordo com a nota oficial, o actual presidente Martin Tolcher deixará o cargo após 15 anos no conselho, incluindo quase cinco anos como presidente, numa medida destinada a fortalecer a independência do órgão. “Martin Tolcher manifestou total confiança na capacidade de Cleaver para guiar a empresa no futuro”, lê-se no documento.
Além de Bruce Cleaver, Simon Scott será nomeado director não executivo independente, integrando os Comités de Auditoria e de Nomeações, além de presidir ao Conselho de Risco. “Com uma carreira distinta em conselhos de empresas públicas e experiência como CFO da Lonmin plc, Scott actualmente serve como director não executivo da First Quantum Minerals Ltd e da Sylvania Platinum Ltd”, acrescenta a nota.
Adicionalmente, Kwape Mmela, actual director não executivo independente e presidente do Comité de Remuneração, será promovido a director não executivo independente principal e integrará o Comité de Auditoria a partir da mesma data, segundo o comunicado.
A Gemfields é a principal detentora do capital da Montepuez Ruby Mining (MRM), em Moçambique, e da Kagem, na Zâmbia, sendo uma das líderes mundiais na mineração e comercialização de gemas coloridas. A empresa possui uma forte presença em Moçambique através da sua mina de rubis em Montepuez, Cabo Delgado, província considerada como um dos maiores depósitos de rubis do mundo. A Gemfields detém 75% da Montepuez Ruby Mining Limitada (MRM), enquanto a moçambicana Mwiriti Limitada detém os restantes 25%. “Desde 2012, a empresa tem investido em infra-estruturas modernas e no desenvolvimento das comunidades locais, empregando cerca de 1400 pessoas, das quais 95% são moçambicanas. Os rubis extraídos são leiloados, com os lucros repatriados para Moçambique e todos os royalties pagos ao Governo, impactando positivamente a economia e a sustentabilidade da região”, lê-se na nota.
Ainda segundo o comunicado, a Gemfields planeia construir uma nova planta de processamento na mina de Montepuez, o que triplicará a capacidade de produção até à primeira metade de 2025. “Esta iniciativa sinaliza um compromisso contínuo com o crescimento e desenvolvimento sustentável”, afirma a empresa.
Em 2023, a Gemfields pagou 35% das suas receitas aos cofres do Estado moçambicano. Nesse ano, a MRM arrecadou receitas de 9,8 mil milhões de meticais (151,3 milhões de dólares), reafirmando o seu papel crucial no desenvolvimento económico de Moçambique.(DE)