Foto : Estacio Valoi
Por Estacio Valoi
A Ilha do Ibo para além da historia que carrega ‘e ela por si só um esplendor de muitas estórias . A ilha ‘e de uma beleza beleza única banhada pelas monções de inverno ou verão onde muitas das vezes apenas os meses fazem lembrar em que época do ano se esta. E todos os caminhos vão dar a ilha milenar do Ibo umas das 27 que compõem o arquipélago das Quirimbas a passou a fazer parte do parque Nacional das Quirimbas desde 2002, declarado Reserva Mundial da Biosfera pela UNESCO em 2018.
A celebração da regata a vela tradicional ‘é anualmente organizada pela Fundação Ibo no contexto das celebrações das festividades da Vila. A competição terá lugar no dia 23 de junho e forma parte do plano da Fundação Ibo para promover a conservação das tradições da cultura Mwani, em este caso a navegação tradicional.
A regata vem sendo realizada desde 2007, este ano se celebra a IX edição. Foi interrompida alguns anos por causa da celebração do Ramadã e por causa do conflito armado. A Fundação Ibo organiza o evento e entrega os prémios aos vencedores e um concurso de pintura entre os rapaces do nosso “Espaço amigo da criança” da mesma Fundação para realizar o cartel publicitário. Os desenhos são enviados a Luis Ventós, artista reconhecido na Espanha, que seleciona um vencedor e desenha o cartaz baseado no desenho vencedor o qual a posterior ‘e usado como cartaz da celebração da regata a seguir .
Nestes dias várias manifestações e eventos culturais se alternam, como provas atléticas, futebol, teatro e música, a famosa regata onde desfilam barcos a vela (dows) e casquinhas canoas , pequenas barracas são montadas oferecem no longo da festa espetos e frango grelhado, bebidas e doces.
Para além destas a Fundação Ibo tem sob sua égide mais duas iniciativas relacionadas com a navegação: o Museu Marítimo e a publicação dum libro sobre a cultura Mwani. O Museu foi aberto em 2009, a dia de hoje permanece fechado por estar os militares a residir na Fortaleza onde o Museu está localizado. Enquanto o libro, já está terminado e traduzido a português e inglês, somente á espera de ser editado.
A Fundação Ibo faz 20 anos vem desenvolvendo as suas diversas atividades naquele distrito cujo objetivo é o desenvolvimento económico do Ibo. “Um dos seus pilares de actuação é o empoderamento da mulher. Tem um centro de nutrição para os mais pequenos, investe na formação de jovens através da Escola de Ofícios da Fundação Ibo (EOI), cria empresas com benefícios sociais, financia pequenos negócios e incentiva o empreendedorismo através de um Centro de apoio a negócios.
Esta visão abrangente e a capacidade de gerar sinergias entre seus projetos são a chave para o sucesso da Fundação Ibo. A primeira grande aposta foi a promoção do setor do turismo, para o qual foi criado o Mwani House Lodge, cujo objetivo, além de ser uma fonte de financiamento direto para projetos da Fundação Ibo, foi também fazer parte do programa de formação em hotelaria da EOI quando parecia que o turismo seria uma grande alavanca para o desenvolvimento. Isso também favoreceu o desenvolvimento de outros pequenos mercados locais, como pesca, agricultura, artesanato, navegação, guias turísticos, etc.”
Hoje os principais setores de desenvolvimento nos que trabalha som a construção, carpinteira e agricultura, e esta começando também com a produção de mel de mangal e a promoção da prata de Ibo, oficio tradicional transmitido de pais a filhos durante gerações.
Uma igreja católica e vários edifícios compõem a marca portuguesa nestas paragens. O tráfico de escravos foi uma dura realidade até ao século XIX.
Foto: Estacio Valoi
A Administração local,a Fundação Ibo, que têm trabalhado para elevar o Ibo a Património Mundial designado pela UNESCO. A vila de Ibo foi fundada em 1761, sendo a primeira capital de Cabo Delgado. Quando Pemba (então Porto Amélia) passou a capital, em 1929, começou o declínio. São vários os pontos que podem ser visitados em Ibo que vão desde a Fortaleza de São João Baptista, igreja do Ibo restaurada pela Fundação Ibo, Forte de São José (Moz24h)