Esta foi a orientação de Venâncio Mondlane na sua aparição ontem no seu vídeo aos moçambicanos a usarem as estradas como parque de estacionamento nas suas manifestações com fim a reposição da justiça eleitoral, social e económica e que as viaturas lá estacionadas devem estar carregadas de cartazes reivindicativos.
“Deixa o carro no meio da estrada com os seus cartazes. Deixa o carro e vai trabalhar”
Foram mias de 144 mil internautas que durante cerca de uma hora estiveres de olhos pregados na ‘live’ de Venâncio Mondlane para ouvirem as novas orientações que são estacionar as suas viaturas nas estradas moçambicanas das 8h as 15h30 durante três dias, no fim da jornada laboral os automobilistas vão recolher para as suas viaturas.
Venâncio Mondlane pediu para que a população volte a entoar o hino de Moçambique na rua, seguido do hino de África, por 30 minutos, antes de voltar aos carros e transportes e que toquem as buzinas ao longo de todo o percurso de volta as suas residências. https://x.com/zenaidamz/status/1861664011017711980/video/1
“O hino da África serve para lembrar aos líderes dos partidos revolucionários para que tenham um sentido patriótico, porque muitos deles servem de seus países para saquear as riquezas e a população continua a sofrer”. Disse Mondlane
Na ‘live’ Mondlane também apelou aos moçambicanos para entoarem o hino da Africa como um apelo a comunidade internacional a solidarizar-se para com os moçambicanos.
“O Hino da África também serve para que a comunidade internacional seja solidária para com os moçambicanos e durante as 9 horas de carros estacionados na rua enquanto os proprietários estão trabalhando, os desempregados devem estar com cartazes reivindicativos pelas ruas”, instou Venâncio Mondlane.
“Após os donos dos carros ora estacionados ao meio das estradas, largarem dos seu locais de trabalho, devem ter a paciência devido ao engarrafamento, e buzinarem as viaturas até as suas residências”
Também apelou para que o habitual ‘panelaço’ continue das 21 horas às 22 porque a ideia é consciencializar os órgãos eleitorais e ao conselho constitucional CC a repor a verdade eleitoral.
Mondlane predispôs-se a participar do encontro via zoom organizado pelo Presidente da República de Moçambique Filipe Jacinto Nyusi ‘jogador e arbitro’ onde estiveram os candidatos presidências do Partido FRELIMO, Daniel Chapo, Ossufo Momade da Renamo e Lutero Simango do MDM redundou numa ‘iniciativa fracassada ‘uma vez que a figura central que convocou as manifestações não lhe foi facultada a sua participação. Segundo Venâncio deu a saber na sua ‘live’ que autoridades moçambicanas não responderam os 20 pontos por ele submetido que espelham a vontade dos moçambicanos filtrada dos mais de 40 mil emails que recebeu dos moçambicanos.
O Jornalista Lázaro Mabunda na sua pagina do facebook questiona que “Diálogo? Qual diálogo?” e acrescenta que “Um diálogo sério devia ter mediadores. O que Nyusi fez com os quatro candidatos é apenas entretenimento.
Num diálogo, quem provoca o problema não pode ser jogador e árbitro. Nyusi é parte do problema. Logo, devia estar num dos lados e não liderar o Diálogo sobre o problema que ele foi o causador.
Nyusi é presidente da FRELIMO. Chapo é secretário geral da Frelimo e um dos candidatos que é parte do problema. Devem estar num dos lados (A). Venâncio Mondlane, Ossufo Momade e Lutero são da oposição, devem estar do outro lado (B). Então, é preciso ter mediadores.
Contudo, numa aparente imposição o Presidente da República Nyusi enfatizou sobre a presença física de Mondlane o qual que para além de temer pela sua vida (Mondlane disse ter abandonado Moçambique por que tinha informações de “que a sua vida estava em perigo), o candidato presidencial suportado pelo partido Podemos é alvo de vários processos movidos pela Procuradoria-Geral da República. Num dos processos, Venâncio Mondlane, é acusado de “conspiração para prática de crime contra a segurança de Estado”. (Moz24h)