O Conselho Constitucional (CC) emitiu ontem, segunda-feira, 25 de Novembro, um comunicado de imprensa sobre as eleições de 9 de Outubro e o caos em que essas eleições, consideradas como sendo as mais fraudulentas de todos os tempos, mergulharam o país.
O comunicado do CC segue-se a informações que davam conta de que aquele órgão apresentaria ontem o acórdão de validação ou não dos resultados eleitorais e de protestos em frente às instalações daquele órgão, protagonizadas por um grupo de mães que perderam os seus filhos, assassinados pela Polícia durante as manifestações pela justiça eleitoral.
Depois de um vazio de informação por parte do órgão, acreditava-se que o comunicado do CC pudesse trazer alguma mensagem que ajudasse a serenar os ânimos da sociedade que durante mais de um mês anda nas ruas a exigir justiça eleitoral, para evitar que o país seja mergulhado num caos mais profundo. Debalde. No lugar de serenar os ânimos, o documento do CC veio aumentar incertezas sobre o futuro.
No imediato, o documento do CC visava dois objectivos: desmentir informações sobre a leitura do acórdão de validação ou não dos resultados e tentar acalmar o grupo de mães que, para além de protestarem contra o assassinato dos seus filhos, exigiam justiça pelo crime de Estado e justiça eleitoral.
Nessa lógica, o comunicado de três páginas não passa de um expediente dilatório de um órgão que ao logo do tempo se tem mostrado como o último reduto da fraude, chancelando os resultados que recebe da Comissão Nacional de Eleições (CNE).