Por CF
O candidato presidencial suportado pelo partido Podemos, Venâncio Mondlane,ameaçou as empresas de telefonia móvel que operam em território moçambicano por estas terem limitado o serviço de internet na última sexta-feira.
Mondlane, que falava apartir do exílio numa transmissão nas redes sociais, disse que, “se as operadoras voltarem a limitar o serviço de internet, a população teria direito de destruir as antenas e os balcões das empresas de telefonia móvel”.
Alvo de ameaças também foi o Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique que entre outras atribuições regula o sector de telecomunicações. A limitação de internet ocorreu num momento em que ocorrem várias manifestações de contestação aos resultados eleitorais que, segundo a Comissão Nacional das Eleições dão vitória ao partido Frelimo e ao seu candidato presidencial, Daniel Chapo. Vitórias que segundo vários quadrantes é resultado de um processo eleitoral fraudulento e irregular. Recentemente, a Missão de Observação Eleitoral da União Europeia, fez saber que a divulgação dos resutados eleitorais “ não
dissipa dúvidas sobre a transparência do processo”.
O Misa-Moçambique condenou a limitação do serviço de internet e em comunicado de imprensa acusa o governo de “ violar as liberdades de expressão, ao limitar aos cidadãos de circular e trocar informações através de plataformas digitais”.
No entanto, as empresas de telefonia móvel ainda não se pronunciaram sobre o sucedido. Mas certos sectores defendem que a limitação do serviço de internet tem como primeiro alvo o candidato presidencial, Venâncio Mondlane que recorre as redes sociais para transmitir as suas mensagens. Como também visa
limitar a circulação de vídeos que mostram a brutalidade policial na repressão as manifestações contra os resultados eleitorais.
Venâncio Mondlane fez saber que a próxima fase da constestação aos resultados eleitorais será “ mais dura”. (Moz24h)