Politica

Um fim de semana de manifestações, a habitual repressão policial e moçambicanos em Lisboa a juntarem-se a contestação aos resultados eleitorais.

 

Por CF

As manifestações em repúdios dos resultados tornaram-se parte do quotidiano dos moçambicanos. Um pouco por todo o país as manifestações vão juntando os que não concordam com os resultados eleitorais que dão vitória com números norte-coreanos ao partido Frelimo e ao seu candidato presidencial, Daniel Chapo.A repressão policial tem sido a resposta. Como também a restrição de internet.

No sábado em Maputo, as comunidades muçulmana e hindu sairam a rua para manifestar-se pacificamente contra a “injustiça eleitoral e contra os raptos”. A Polícia respondeu com a habitual violência. Gás lacrimogénio e balas de borracha foram disparados obrigando os manifestantes a fugirem em debandada. Há
relatos de feridos.

Na cidade da Beira, também no sábado, o MDM liderou uma manifestação muito concorrida. Este partido não aceita os resultados eleitorais e os seu dirigentes já atribuem a vitória na corrida presidencial a Venâncio Mondlane. A manifestação foi liderada pelo edil da cidade de Beira, Albano Cariche. Acredita-se que Carige
poderá ser o próximo presidente do MDM em caso de saída de Lutero Simango pelos fracos resultados obtidos.

No sábado, uma novidade na constestação aos resultados eleitorais. Em Lisboa, Portugal, a comunidade moçambicana e amigos sairam á rua para manifestar-se pela justiça eleitoral. Uma parte dos manifestantes esteve em frente à Embaixada moçambicana em Portugal onde gritou: “ Povo no Poder”.

Este Domingo em Quelimane, uma mega manifestação juntou milhares de pessoas. Três partidos destacaram-se na mesma, Renamo, Podemos e MDM. A Oposição já mostra unidade na contestação aos resultados eleitorais que todos os partidos, á excepção da Frelimo, consideram de fraudulentos. Aparentemente, a Renamo já apoia a reivindicação de Venâncio Mondlane que ele venceu as
eleições presidenciais.

A incógnita continua a ser a “ marcha de vitória” agendada para o dia 7 de Novembro. Venâncio Mondlane que neste momento encontra-se no exílio já disse que estará presente. De várias províncias chegam informações de que muitos jovens estão a caminho de Maputo. Mas a questão é saber como está marcha vai furar os vários bloqueios já em preparação pelas forças policiais e securitárias. Mas
o povo unido costuma vencer. (Moz24h)

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