Por Quinton Nicuete
O Presidente da República, Daniel Chapo, defendeu esta quinta-feira o levantamento da cláusula de força maior que mantém suspenso o megaprojeto de Gás Natural Liquefeito (GNL) da TotalEnergies em Cabo Delgado. O chefe de Estado afirmou que as condições de segurança na província já permitem a retoma das obras.
“Estão reunidas as condições para o levantamento da força maior e aguardamos, em breve, o pronunciamento da concessionária da Área 1, o projeto Mozambique LNG”, declarou Chapo durante a cerimónia em Maputo que assinalou a assinatura da Decisão Final de Investimento da nova plataforma flutuante Coral Norte. O Presidente sublinhou que, apesar dos ataques terroristas que assolam a província desde 2017, a situação agora permite a retomada do projeto.
Na mesma cerimónia, os parceiros da Área 4 da Bacia do Rovuma, Eni, Empresa Nacional de Hidrocarbonetos ENH, CNPC, Kogas e XRG, formalizaram a Decisão Final de Investimento do projeto Coral Norte, avaliado em 7,2 mil milhões de dólares, aproximadamente 6,2 mil milhões de euros. Este projeto é uma réplica do Coral Sul, já em operação, e deverá duplicar a produção moçambicana de GNL para sete milhões de toneladas anuais a partir de 2028.
Moçambique possui atualmente três megaprojetos de GNL na costa de Cabo Delgado. Contudo, apenas o Coral Sul e o Coral Norte avançaram, ambos em regime offshore. Os restantes permanecem suspensos na península de Afungi à espera de garantias de segurança. Moz24h
