O Director Executivo da Autogás, João das Neves, anunciou a redução para metade do custo de conversão de viaturas para o uso de Gás Natural Veicular – GNV no país. Para o efeito, a Autogás está a subsidiar o custo de conversão, com intuito de massificar cada vez mais o uso deste combustível amigo do meio ambiente.
De acordo com João Das Neves, a boa nova vem responder ao desafio colocado pelo consumidor em relação ao custo das conversões.
“No início do projecto, os moçambicanos vieram dizer que sim, estão preparados e que reconhecem a importância do uso de Gás Natural Veicular, contudo, o custo das conversões era um desafio enorme. Entretanto, à medida que a Autogás se vem consolidando no mercado, tem vindo a investir não só na expansão da rede de abastecimento, mas também na redução dos preços das conversões, daí que decidiu baixar para metade o seu custo. E, felizmente, o mercado tem estado a reagir positivamente, com elevado número de conversões, mais interessados, grandes frotistas e empresas de distribuição que gradualmente vão aderindo a este projecto”, disse.
Neste sentido, tal como deu a conhecer o Director Executivo da Autogás, a conversão de um veículo turismo, cujo custo outrora estava em torno de 80 a 120 mil meticais, agora é feita a partir de 48 mil meticais. Para uma carinha mini-bus ou mesmo uma viatura de alta cilindrada, uma V6 ou V8, a conversão variava entre 120 até 160 mil meticais, mas hoje é feita a partir de 80 mil meticais.
E explicou que, neste momento, para quem utiliza a sua viatura de forma permanente ou regular, é possível pagar o custo de conversão com a poupança que se faz no combustível dentro de quatro a cinco meses, ou seja, “se alguém gasta vinte mil meticais por mês, ao converter para o gás, passa a pagar 10 mil meticais e poupa todos os meses 10 mil meticais. Se a conversão custou 50 mil meticais, em cinco meses de poupança, pode pagar a conversão.
Refira-se que a Autogás está a trabalhar com sete postos de Gás Natural Veicular em Maputo, Matola e Marracuene e pretende estar em toda a zona sul do país nos próximos cinco anos.
“Para este ano, estão previstos mais dois postos de abastecimento e, provavelmente, o terceiro posto no início do próximo ano. São três projectos nos quais estamos a trabalhar, com investimento já assegurado. Neste momento, estamos no processo de implementação gradual, nomeadamente, licenciamento, detalhes de engenharia, entre outros aspectos”, avançou o Director Executivo.
Questionado sobre uma eventual expansão do projecto à escala nacional, Das Neves referiu que depende de dois factores, primeiro, a adesão dos moçambicanos ao projecto, ou seja, quanto mais rápido as pessoas aderirem, mais rápido a Autogás irá mobilizar fundos para alargar a rede; segundo, depende da disponibilidade do gás: “aqui na zona sul do país, nós temos o gasoduto a funcionar, mas outras províncias, como Sofala, Manica, Tete, Nampula, entre outras, dependem muito da disponibilidade do abastecimento da zona norte. Portanto, assim que em Cabo Delgado passarmos a ter acesso ao LNG onshore, isto é, em terra, passaremos a alargar a rede dos postos para a zona Norte e Centro de Moçambique”.
Outro aspecto não menos importante está relacionado com o incentivo do Governo com vista à massificação do uso do Gás Natural Veicular no país. O Director Executivo da Autogás entende que em todos os países onde o gás natural vincou, houve numa fase inicial incentivos por parte do Estado. Não sendo possível desembolsar valores para o estimulo financeiro, o Estado pode por exemplo determinar que, em certas rotas onde o gás já está disponível, os transportes públicos de passageiros e outros só possam ser licenciados se circularem a gás. (Comunicado)