Por Celso Manguana
Sempre que há eleições na AEMO afiam- se facas, criam- se alas e instala – se um verdadeiro ambiente de guerrilha. Nos últimos tempos até já se vai ao tribunal ( não começou. com a CTA ou com com Venâncio Mondlane). Luta se como na arena de Roma. Mas no fim perguntamos – nos: o quê está em causa para tanta guerra?as respostas não costumam dignificar os escritores. Porque não se luta para publicar mais livros. Nem para mais eventos literários na AEMO. Nem para voltar a tornar a AEMO um lugar de referência na literatura moçambicana. Nem para nos lembrarmos dos escritores que construíram a AEMO antes dos que lutam para serem chefes ( não dirigentes) poderem ter chegado.
Em conversas amigas vamos descobrindo que não é a literatura que está em causa. Não é altura de procurar culpados. Somos todos. Que vamos aceitando que a AEMO deixe de ser uma instituição literária ( com obrigaçoes sociais). A AEMO precisa de voltar a ser um lugar de inspiração literária. Onde alguns da minha geração encontraram os escritores seus ídolos e disseram : também quero escrever. Não um lugar de luta de alas.. Sei de alguns candidatos mas só lhes peço: a AEMO precisa de literatura, com os seus escritores, os críticos, as escolas,universiddes e .as tértúlias.A AEMO é movimento. Não é assunto do terreno. Porque de outro modo, os escritores não precisam da AEMO. (FB)
