Depois de mostrar a médica de uma Clínica Privada ,borbulhas em várias partes do corpo, esta aconselhou Jaime a dirigir-se ao Hospital Central de Maputo, por segundo ela, ser “ a entidade melhor preparada para lidar com casos supeitos de Mpox”. Mas dizer “melhor preparada” pode ser uma palavra muito rebuscada se soubermos como foi o dia de Jaime.
Chegado ao Hospital Central de Maputo, Jaime foi atendido por quem é suposto entender do assunto e estar preparado para isso. Entre uma rápida observação e vários telefonemas conclui-se que afinal, Jaime devia ser transferido para o Centro de Saúde da Polana Caniço onde o seu caso podiar ter melhor acompanhamento. Jaime, sua acompanhante e uma enfermeira munida da respectiva guia de transferência entraram na ambulância que rapidamente ligou a sirene e foi abrindo espaço para passar no caótico trânsito.
Chegados ao Centro de Saúde da Polana Caniço, a enfermeira entrou para falar com os seus colegas. Mostrou a guia que foi passando por várias mãos e motivando vários telefonemas. E uma conclusão: “ A Guia não está correcta , o doente tem que voltar para o Hospital Central de Maputo”. Os protestos da enfermeira que acompanhava o Jaime, os protestos deste e da sua acompanhante foram impotentes para demover o pessoal do Centro de Saúde da Polana Caniço. A ambulância já lá não estava para com eles fazer a viagem de volta. Com recurso a meios próprios os três voltaram ao Hospital Central de Maputo. Aqui já havia sido montada uma sala para receber Jaime. O médico chegou e foi perguntando pelo doente que estava mesmo a sua frente. Ficou pasmado.Mas observou atentamente o doente. Ficou sem entender as razões de seu colegas terem feito Jaime passar por tudo o que passou.Passou um receita de medicamentos simples e mandou Jaime para casa. No dia seguinte Jaime recebeu uma chamada do INS a perguntar sobre o seu estado.
Mas como já disse antes, essa do maior hospital moçambicano estar preparado para casos de “Mpox” ou varíola dos macacos pode ser uma ideia rebuscada. (CF)