Por CF
Moçambique ficou literamente paralisado esta segunda-feira, em consequência da greve geral convocada pelo candidato presidencial suportado pelo partido Podemos, Venâncio Mondlane. Instituições públicas e o comércio encerradas, escolas a funcionarem a conta-gotas e ausência de transportes públicos foi o cenário vivido em quase todas as cidades moçambicanas. Apesar de o nível de adesão a greve geral não ter sido confirmado por fontes independentes, Venâncio Mondlane fez saber o mesmo foi de 95%. Outro lugar comum em algumas cidades moçambicanas, foi a presença de um forte contingente policial em várias artérias das mesmas. Na cidade de Maputo, a Polícia disparou gás lacrimogénio para dispersar manifestantes que se juntaram junto ao local onde foram assasinados o advogado de Venâncio Mondlane, Elvino Dias e o mandatário nacional do partido Podemos, Paulo Guambe. Um forte aparato policial foi deslocado para o local.
A Polícia estava equipada com armas de guerra, gás lacrimogénio e viaturas blindadas. Havia também brigadas caninas e um helicóptero que sobrevoava o local. Com recurso a gás lacrimogénio e balas reais a Polícia dispersou os manifestantes. Mas antes da acção policial os manifestantes gritavam: “ o povo
unido jamais será vencido”, “ Este país é nosso. Salve Moçambique” e “ Povo no Poder”. Polícia dispara gás lacrimogénio para Venâncio Mondlane enquanto dá entrevista Venâncio Mondlane foi ele próprio,uma das vítimas da repressão policial desta segunda-feira. Enquanto ele falava à jornalistas de diversos órgãos de comunicação social, na zona da Praça da OMM, a Polícia disparou gás lacrimogénio em sua direcção. Esta situação obrigou o candidato presidencial e os jornalistas abandonarem o local em debandada. Horas depois, Venâncio Mondlane exibiu um ligeiro ferimento numa transmissão nas redes sociais.
O MISA-Moçambique já repudiou “ o grave ataque propositado pela Polícia contra jornalistas”. Em comunicado tornado público esta Segunda-feira, o MISA – Moçambique, também “apela ás Forças de Defesa e Segurança a terem uma actuação profissional” Populares confontam-se com a Polícia no Bairro de Maxaquene Pouco depois de através da comunicação social e das redes sociais, o candidato presidencial Venâncio Mondlane, ter apelado os manifestantes que se tinham concentrado no local onde foram assassinados Elvino Dias e Paulo Guambe, para irem suas casas, o Bairro de Maxaquene, tornou-se palco de uma batalha campal entre a Polícia e populares. No Bairro de Maxaquene, próximo ao local dos assassinatos, a Policia disparava gás lacrimogénio e balas reais enquanto os populares arremessavam pedras e queimavam pneus. Foram momentos de muita tensão. Há relatos de feridos nestes confrontos entre a Polícia e populares. (Moz24h)