As feridas abertas pelo regime de Nyusi na operação de maquiagem da fraude na tentativa de conter os protestos populares
Em 24 de Outubro de 2024, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) divulgou os resultados das eleições de 9 de Outubro de 2024, atribuindo vitória ao candidato presidencial da Frelimo, Daniel Chapo, e à própria Frelimo que ficou com 195 dos 250 assentos na Assembleia da República.
No entanto, em 23 de Dezembro de 2024, em sede da leitura do Acórdão que proclama os resultados eleitorais, o Conselho Constitucional (CC) decidiu retirar, sem qualquer explicação lógica, 24 mandatos da Frelimo e distribuí-los pelos partidos Renamo, Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS).
A operação, que deixou a Frelimo com 171 mandatos, visava maquiar a fraude e conter os protestos, mas acabou sendo usado pela facção dos Nyusistas para fazer ajustes de contas com alguns inimigos que foram produzindo ao longo dos dez anos. As vítimas dessa operação não receberam bem a ideia de terem sido os sacrificados, o que provocou feridas que até hoje se encontram abertas.