De vários quadrantes vão chegando apelos a calma e ao diálogo na esperança de que o dia de hoje não seja um dia negro na história de Moçambique. Hoje é o dia em que o candidato presidencial suportado pelo partio Podemos, Venâncio Mondlane, agendou a “marcha de vitória” que acredita que vai mobilizar 4 milhões de moçambicanos para as ruas de Maputo. Contudo, vários actores relevantes da sociedade moçambicana têm estado a apelar a calma e ao diálogo.
A Ordem dos Advogados de Moçambique pela voz do seu bastonário, Carlos Martins, apelou para que o Presidente da República a convocar o Conselho de saberEstado e a abrir portas de diálogo. Martins teme que hoje possa haver um banho de sangue na cidade de Maputo por causa da “marcha de vitória”.
Contudo, o Presidente da República, Filipe Nyusi, já fez saber que o diálogo deve acontecer depois da validação dos resultados eleitorais pelo Conselho Constitucional. O antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, disse que alguma leitura deve ser feita da situação que o país vive e apelou a que se aproveite os talentos que surgem nos partidos antigos e nos novos”.
Os académicos Elísio Macamo e Severino Ngoenha também apelaram a calma e ao diálogo. Maputo é nos últimos dias uma cidade militarizada com carros blindados, polícias de diversos ramos e militares um pouco por toda a cidade. O ministro da Defsa, Cristovão Chume, alertou que está em preparação um “golpe de estado” e que todos os meios seriam usados para impedir que acontecesse.
Mas pese o cenário acima descrito, Venâncio Mondlane, através de mensagem difundida pelas redes sociais insiste na “marcha de vitória “ para hoje. Mondlane que se encontra em parte incerta tem insistido que se fará presente na mesma. Desde que foram convocadas as manifestações várias pessoas foram mortas emuitas feridas.
O espriral de violência com brutalidade policial á mistura praticamente paralisou o país. Será hoje o dia da libertação como proclama Mondlane ou ou diálogo é que vai determinar o futuro dos moçambicanos?