Suizane Rafael
Em três ataques seguidos reclamados pelos insurgentes do Estado Islâmico, a dois blocos e uma aldeia no interior da Reserva Especial de Niassa, colocam em risco vários anos de recuperação desta área de conservação em Moçambique.
O primeiro foi no passado dia 19 de Abril no Kambaco safaris na margem Este do Rio Lugenda em Cabo Delgado.
Uma semana depois no dia 29 foi a vez do Centro Ambiental de Mariri e sede do Projecto Carnívoros do Niassa a 80km a Nordeste da vila sede de Mecula.
Como que a exibir musculatura ofensiva, os insurgentes regressaram ao povoado de Macalange a poucos 30 km da vila de Mecula a sede Distrital. Os ataques forçaram a retirada de pessoas da Localidade de Mbamba, Mariri e Macalange com diversos danos materiais e humanos.
A Carnívoros de Niassa em comunicado de imprensa do dia 3 deste mês, destaca a perca de dois fiscais, um ferido que foi evacuado a Maputo onde recupera e dois estão desaparecidos.
Igualmente a Carnívoros de Niassa disse ter ajudado na evacuação das pessoas de Mbamba para a vila sede distrital de Mecula.
“Estima-se que na Reserva Especial de Niassa existem 800 a 1000 leões uma das sete populações importantes em Africa. 350 cães selvagens africanos, o rio Lugenda é uma das principais fontes de pesca com 500 pescadores de sete Distritos do Niassa e Cabo Delgado.
A insegurança já afetou a sua segurança alimentar e os seus meios de subsistência, tudo agora esta em riso. A insegurança é devastadora par as pessoas que vivem e trabalham na Reserva Especial de Niassa e bem como a saúde ecológica desta que é a maior área protegida de Moçambique e uma das paisagens de conservação mais importantes de Africa”, afirma o comunicado da Carnívoros de Niassa.
Entretanto informações de Mecula apontam alguns operadores dos Blocos de Caça retiraram o pessoal civil das áreas para a vila sede de Mecula e Mbatamila a base operativa da Reserva Especial de Niassa. (FAISCA)