A chamada fase four by four das manifestações convocadas pelo candidato presidencial suportado pelo
partido Podemos, Venâncio Mondlane está a ser marcada pelo recrudescer da violência por parte dos
manifestantes. O apetite pela destruição está a tomar conta dos manifestantes num momento em que
se questiona se Venâncio Mondlane ainda tem o controlo das manifestações por si convocadas.

A título de exemplo, os bloqueios as estradas que no início desta fase das manifestações era feito a partir das 8h esta segunda-feira foi feito a partir das 5 horas. Há um número crescente de portagens ilegais e até já se
cobra a peões para passarem por certos pontos. Nesta segunda-feira 6 esquadras e Postos policiais
foram incendiados por manifestantes: quatro na cidade de Maputo e duas na Província de Maputo.
Em algumas esquadras a população apoderou-se de armas de fogo que posteriormente foram devolvidas a
Polícia. Na Províncoa de Sofala houve agitação em Maríngué. As maifestações foram reprimidas com
violência policial resultando em mortes e referidos. Em respostas populares incendiaram a sede do
partido Frelimo. Na Província de Nampula um membro do SISE, Serviço de Informação e Segurança do
Estado, foi linchado pela população.
Há relatos de destruição de portagens por estas não acatarem “as ordens “ de Venâncio Mondlane” de permitirem a passagem dos automobilistas sem pagamento. distrito de Boane, na Província de Maputo, os manifestantes tomaram autocarros do Metrobus e um outro de uma empresa municipal e usaram-nos nas manifestações depois de terem obrigado o seu abastecimento numa bomba de combustível. Em Bobole, a população cercou e mandou embora militares por suspeitarem que estes sejam ruandeses. Voltam a crescer rumores de que haja militares ruandeses a trabalharem na repressão aos manifestantes.

A situação está visivelmente crítica e há cada vez mais vozes a apelarem ao diálogo.Contudo, ainda não se vislumbram sinais de um diálogo sincero e honesto. Venâncio Mondlane não acredita que asa autoridades moçambicanas tenham interesse no diálogo. Segundo ele, estão mais empenhadas em o tentar assassinar-lhe do que em diálogo. Na Presidência da República os apelos ao diálogo foram ouvidos.
Vieram da CTA e da Comunidadade Muçulmana. Tanto os empresários como os muçulmanos que foram recebidos pelo presidente da República, Filipe Nyusi apelaram ao diálogo. Mas enquanto o diálogo não
chega, Moçambique arde e sangra. (Moz24h)