Por CF
O Consórcio eleitoral Mais Integridade recusou-se a partilhar os Editais das eleições de 9 de Outubro
com o Conselho Constitucional por entender que “a sua partilha não iria contribuir de forma significativa
para garantir a verdade eleitoral”. Esta instituição refere que “os editais a que teve acesso e processou
especificamente nos PVT`s que fez em Nampula e Zambézia mostram evidências de fraude”. A fraude,
segundo o Consórcio Mais Integridade, “ inclui discrepâncias entre os votos contabilizados nas urnas das
eleições presidenciais e as urnas das eleições Legislativas e Provinciais”.
O Consórcio Mais Integridade também fez saber ao Conselho Constitucional que os seus observadores “reportaram irregularidades graves como é o uso execessivo do voto especial, votos plúrimos , anulação e invalidação de votos da oposição, enchimento de urnas e até aliciamento de delegados dos partidos de oposição valores monetários, em algumas mesas de voto, para parmitir o enchimento de urnas.” A instituição também diz que que “ no contexto da falta de confiança e de ausência integridade nas instituições, a solicitação tardia da informação possa ser usada para legitimar validação da fraude das eleições de 9 de Outubro passado”.
Vale a pena dizer que o Conselho Constitucional tem estado a levar a cabo manobras junto de alguma Comunicação Social, que aparentemente tem como objectivo de preparar a opinião pública para a validação e proclamação de resultados como vitória do partido Frelimo e do seu candidato, Daniel Chapo. O Conselho Constitucional tem estado a passar informações pouco abonatórias em relação as reclamações do partido Podemos e do seu candidato presidencial Venâncio Mondlane, num claro ensaio para desmontar as reivindicações e reclamações desta formação política no acórdão de validação e proclamação dos resultados eleitorais de 9 de Outubro.
Na sua resposta ao Conselho Constitucional, o Consórcio Mais Integridade lembrou que o órgão constitucional ignorou informação por si disponibilizada no âmbito das eleições autárquicas do ano passado. O consórcio diz ter disponibilizado informações relativas as eleições nas cidades de Maputo e Matola que não foram levadas em conta pelo Conselho Constitucional.
Nas mãos do Conselho Constitucional pode estar o futuro de Moçambique mas o cenário é
verdadeiramente sombrio por força das manifestações pós-eleitorais que acontecem em Moçambique.
A proclamação e validação dos resultados independentemente dos vencedores pode determinar o curso
da história de Moçambique. (Moz24h)