Sociedade

CADEIA CENTRAL DE MAPUTO

Cinco meses depois: Ainda não há nomes das vítimas do massacre perpetrado pelas forças de segurança

Cinco meses depois do massacre que se seguiu à suposta evasão, no dia 25 de Dezembro, de reclusos da Cadeia Central de Maputo e da Cadeia de Máxima Segurança, vulgo BO, há famílias que ainda não sabem se os seus parentes estão vivos ou não. No dia a seguir à alegada evasão, quando as famílias chegaram à penitenciária levando comida aos seus parentes detidos, foram instruídas a ir ao Hospital Central de Maputo. Lá, algumas encontraram os seus familiares feridos, enquanto outras foram direccionadas à morgue, onde muitos corpos permaneciam sem identificação.

Até hoje, segunda-feira, 12 de Maio, há famílias que não têm informação sobre os parentes que se encontravam em reclusão. Fontes oficiais indicam que 34 pessoas foram mortas. No entanto, fontes internas distanciam-se dessa informação divulgada pelo antigo comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael. Para além das 34 pessoas mortas, 70 reclusos foram executados depois da recaptura. Parte dessas pessoas foi enterrada em valas comuns. Isto faz com que, até hoje, os reclusos assassinados pelas forças de segurança não passem de números.

https://cddmoz.org/wp-content/uploads/2025/05/Cinco-meses-depois-Ainda-nao-ha-nomes-das-vitimas-do-massacre-perpetrado-pelas-forcas-de-seguranca.pdf

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *