Por Estacio Valoi
Enquanto o presidente da Republica Daniel Chapa acendia ” 30 milhões de meticais” Segunda-feira (07 de Abril), em Nangade, província de Cabo Delgado nas celebrações centrais do Dia da Mulher Moçambicana, marcadas também pelo lançamento oficial da Chama da Unidade Nacional, que percorrerá o país até ao 25 de Junho, data que assinala os 50 anos da Independência Nacional um grupo de terroristas que vem protagonizando ataques em sequência desde a semana passada sem resistência finalmente tomaram de assalto a mina de ouro de Muaja onde permaneceram até ontem totalizando 4 dias
Não faltaram “ trabalho e mais trabalho, promessas e mais promessas feitas por Chapo. No seu discurso, o Chefe de Estado destacou o papel central da mulher na construção da nação e no processo de igualdade de género. “Parabéns à Mulher Moçambicana do Rovuma ao Maputo”, exclamou, sublinhando que “educar uma mulher é educar uma nação”.
O Presidente acendeu simbolicamente a Chama da Unidade, que percorrerá todas as províncias durante 79 dias, como mensagem de coesão, reconciliação e diálogo inclusivo, num momento em que o país enfrenta desafios como o terrorismo, calamidades naturais e tensões sociais.
“Vamos todos trabalhar, homens e mulheres, para este desiderato”, apelou, convidando todas as forças vivas da sociedade a envolverem-se no processo. Lembrou que o Compromisso para o Diálogo Nacional Inclusivo foi aprovado por unanimidade na Assembleia da República.
Não tao distante de Nangade mais sim no distrito de Ancuabe a mais de uma semana terroristas vem pondo aldeias em chamas e mais chamas, pessoas mortas, forcadas a abandonar suas casas, decapitadas, raptadas feitas reféns, umas devolvidas a suas famílias a troco do pagamento de resgate, o negocio terrorista que virou moda e outros entregues a sua própria existência!
Já no fim do dia 7 de Abril uma mensagem entrava no meu inbox. “Boa noite. A situação de Muaja os terroristas islâmicos atacaram a mina de estação de ouro deste dia três de abril sendo assim pessoas que foram capturadas agora estão a regressar para mas mãos dos familiares mas com pagamento dos familiares. Sim até este momento estão lá na mina, o número dos regressados ainda não tenho numero exato de pessoas caso do helicóptero é verdade, uma informação confirmada com uma pessoa que regressou ainda hoje.”
Terroristas estão na mina de ouro de Muaja

Nos vários pontos do distrito de Ancuabe terroristas vem protagonizando seus ataques faz mais de uma semana tendo escalado durante os últimos nove dias ou mais zonas como Taratibu, Ngura, Mahegame, rio Montepuez e outras.
De relatos da população na aldeia Muaja no distrito de Ancuabe em Cabo Delgado o grupo de terroristas que vem protagonizando ataques em sequência desde a semana passada sem resistência finalmente tomarem de assalto a mina de ouro de Muaja onde permanecem ate este momento perfazendo 4 dias
Segundo fontes no local desde pessoas da comunidade, mineradores artesanais, vulgo garimpeiros os terroristas tomaram a mina de Muaja onde vem fazendo cobranças para poderem libertar as pessoas mantidas como reféns.
Conforme disseram ao Moz24h, foram ” 41 pessoas que raptaram” num negocio que não só vai empobrecendo cada vez mais aquelas pessoas mas também um cenário assustador, uma sequencia de ataques que levanta muitas questões como “ até aqui nenhum militar entrou lá para a mina”! Porque não sabemos”! Mas la os terroristas são uns 80 ou quase 100, bem armados, estão depois daquele riacho da entrada para mina, lá depois das Colômbia ( tentas, casinhas onde os garimpeiros ficam, dormem, comem..), Para ser libertado se for criança o preço são cinco mil. Algumas pessoas, suas famílias pagaram e foram deixadas sair”.
A população já contactou as autoridades locais, informou o distrito, o nível da provincial “Ontem vieram três carros com tropas do Ruanda, eram uns trinta militares mas não fizeram nada, aqueles terroristas são muitos e bem armados. Os naparamas daqui também não podem fazer nada. Os terroristas separaram se desta zona onde tem pessoas, estão la mais dentro da mina e dizem que estão a espera das forcas de defesa, dos Naparamas para o combate. ”
Facto é que os referidos terroristas para alem de continuarem a extorquir a população com o negocio dos reféns, não só vão garimpando o ouro mas também recolhendo tudo que os garimpeiros poderão cavar e podem cavar.
Apesar da circulação de viaturas no troco posto administrativo de Mesa a Montepuez continuar “normal” a presença dos terrorista na mina deixa as pessoas da aldeia em alvoro sem saber se o próximo ataque será sobre a aldeia ou não. “Eles estão la na mina”. A mina de ouro de Muaja esta localizada a 8 quilómetros da estrada principal que liga Pemba capital Provincial de Cabo Delgado ao famoso distrito dos rubis-Montepuez.
Outras fontes no local reconfirmando sobre o cenário contaram ao Moz24 que os terroristas enquanto permaneciam na mina tinham tinham como escudo as pessoas raptadas”. Estão la a uns quatro dias. ”
“São 50 mil por pessoas. Os que tem telefones grandes são mantidos enquanto aqueles que tem telefones pequenos são imediatamente ditos para ligar para suas famílias. Um garimpeiros de Nampula foi solto, tinha dinheiro no telefone, pagou 25 mil e deixaram ir”.
A 4 dias a situação esta mal. Não há militares a entrar la mina. Os Ruandeses só passaram antes de ontem, pararam na estrada perguntaram sobre esta situação dos terroristas, as pessoas responderam que sim os terroristas estão la. Os 3 carros foram assim ate Montepuez depois voltaram. Os terroristas disseram que queriam ver os Naparamas de Muaja que também estavam a espera dos militares.” Enfatizaram as fontes em Muaja Ancuabe
Finalmente todas as trinta e uma pessoas que ainda eram mantidas reféns pelos terroristas foram libertas graças a um dos garimpeiros reféns que também teve que telefonar a sua família que disponibilizou 100 meticais. Eram entre 20 e 21 hora de ontem quando um grupo de pessoas iam rasgando a mata , passos longos, vozes estrondosas em direção a aldeia Muaja deixando os residentes daquela parcela de Ancuabe em alvoroço e prontos a correr. A acalmia veio quando se aperceberam que não eram terroristas a caminho da aldeia mas sim mineradores artesanais pessoas da comunidade a dias feitas reféns pelos terroristas. “Eram 31 pessoas que tinham ficado daquelas 41 porque outros já tinham conseguido pagar. Foram soltos porque um garimpeiro Burundes que estava la refém , depois de ligar para a família mandaram 100 mil meticais, então com esse dinheiro ele pagou para todas essas pessoas que depois vão lhe devolver o dinheiro. Os terroristas do grupo dos reféns levaram uma senhora com eles. Nenhuma forca de defesa entrou la na mina Os terroristas ja foram ontem, hoje, agora pessoas ja estão a voltar para a mina. Estão a dizer que la tem uma pessoa decapitada”. (Moz24h)