Por CF
Este Domingo foi o último dia da campanha eleitoral. Candidatos presidenciais e os respectivos partidos
políticos, tiveram uma última oportunidade de dar a conhecer as suas promessas aos eleitores. A bola
está agora do lado dos eleitores que no dia 9 de Outubro vão fazer as suas escolhas.
Daniel Chapo, o candidato presidencial do partido Frelimo, esteve em duas Províncias bem distantes
num mesmo dia. Esteve na cidade de Nampula e também em Nacala-Porto, na Província de Nampula e
mais tarde na Província de Maputo onde fez a sua última actividade eleitoral.
Os meios a disposição da candidatura de Daniel Chapo permitem-lhe estar em dois pontos distantes num mesmo dia. Um luxo a que os outros candidatos não se puderam dar. Uma das críticas mais comuns feitas a candidatura de Daniel Chapo e do partido Frelimo, é o uso de meios do Estado para fins eleitorais. Aliás, nos seio do partido Frelimo há muitos que não conseguem traçar uma fronteira entre o partido e o Estado. O
próprio candidato presidencial em algum momento disse que infra-estruturas públivas como escolas e
hospitais eram propriedade do partido Frelimo. Mas enfim, está nas mãos de eleitores decidir se Daniel
Chapo é ou não o próximo presidente de Moçambique.
Ossufo Momad, o candidato presidencial da Renamo, fechou a sua campanha eleitoral na Província de
Maputo. Momad é o único dos candidatos presidenciais que não é estreante na corrida presidencial.
Mais uma vez teve que lidar com a intolerância política em alguns pontos por onde passou nas suas
acções de caça ao voto. Agentes hoteleiros recusaram-se a hospedar a si e a sua comitiva. Uma prática
que, lamentavelmente vai se tornando prática em períodos eleitorais. Mas será que é desta vez que
Ossufo Momad torna-se presidente de Moçambique? Ou a candidatura de Venâncio Mondlane que vai
ser prejudicial?
Enquanto esteve no partido Renamo, Venâncio Mondlane, foi sem margens de dúvidas, um dos seus
principais activos políticos. E a sua candidatura presidencial pode ter os seus efeitos na Renamo. Mas só
os eleitores podem decidir se Ossufo Momad torna-se presidente de Moçambique ou fica no segundo
lugar, até agora o lugar cativo dos candidatos presidenciais do partido Frelimo.
Lutero Simango, é outro dos estreantes na corrida presidencial. Antes, o seu falecido irmão Deviz
Simango, é que era o candidato presidencial do Movimento Democrático de Moçambique, MDM.
Simango terminou a sua campanha na cidade de Maputo onde reafirmou que a sua governação vain
trazez benefícios para as populações. No Sábado em Nampula identificou-se como um “indivíduo com as
mãos limpas” porque, segundo ele, “nunca roubou fundos públicos” e também “ não têm sangue”. Mas
a que importa por agora é saber se as “mãos limpas “ de Lutero Simango impressionam o eleitorado.
Venâncio Mondlane, outro estreante mas que já vem de outros embates políticos.
Em 2023 foi o candidato de Renamo a Presidência do Município de Maputo. Perdeu em eleições cuja credibilidade e transparência foram postas em causa por vários sectores. Depois disso, teve disputas jurídicas com a liderança do partido Renamo, tendo inclusive sido impedido de participar do congresso desta formação política onde se queria candidatar a liderança. Tem se mostrado a voz dos marginalizadose por isso a sua candidatura tem moblizado de forma visível muitos jovens. Mas a eleições ganham-se com votos e só depois de 9 de Outubro se vai saber se Venâncio Mondlane vai ou não ser o próximo presidente de Moçambique. Porque a bola está agora do lado dos eleitores.( Moz24h)