Por CF
O candidato presidencial suportado pelo partido Podemos, Venâncio Mondlane, anunciou hoje um greve geral e paralisação de todo o país durante uma semana como parte das terceira fase das manifestações.Esta greve geral e paralisação de todo o pais começa esta quinta-feira. Mondlane que falou numa transmissão em tempo real na rede social Facebook, pediu sacrifícios aos moçambicanos como forma de “ derrubar o colono negro” numa alusão ao regime do partido Frelimo.
Na transmissão que foi acompanhada pelo número recorde de mais de 165 mil pessoas, Mondlane apelou as pessoas a começarem uma marcha para a cidade de Maputo denominada “marcha da vitória “ para que no dia 7 de Novembro estejam nas ruas da cidade de Maputo para assim, forçarem a queda do regime. Mondlane acredita poder juntar 4 milhões de pessoas nas ruas da cidade de Maputo. Aos que não poderão marchar para a cidade de Maputo, Venâncio Mondlane, apela que se manifestem junto as sedes das comissões de eleições a vários níveis. Como também apela que a marchem junto das sedes do partido Frelimo a vários níveis. As manifestações junto as sedes do partido Frelimo tem como motivação o facto de em Mecanhelas, Província do Niassa, a Polícia ter disparado contra manifestantes do partido Podemos enquanto membros do partido Frelimo assistiam e aplaudiam. O lema da manifestação é : “ manifestação contra o assassinato do nosso povo”.
Na mesma ocasião, o candidato presidencial que já se auto-proclamou vencedor das eleições de 9 de Outubro, apelou as Forças de Defesa e Segurança a juntarem-se ao povo e a não cumprirem ordens ilegais para dispararem contra a população. Mondlane, apelou mesmo os polícias a prenderem os comandantes que os derem ordens de dispararem contra o seu próprio povo. Mondlane também apelou aos empresários a apoiarem os manifestantes com mantimentos e água.
Venâncio Mondlane acredita que estas manifestações vão culminar com a queda do regime no 7 de Novembro quando 4 milhões de moçambicanos estiverem nas ruas da cidade de Maputo. Mas certas correntes de opinião acreditam que a paralisação de uma semana convocad por Venâncio Mondlane é um sério teste a sua popularidade e a capacidade de mobilização. Sobretudo porque muitos sectores da sociedade têm reportado perdas a vários níveis sempre que há paralisações a escala nacional. A marcha para a cidade de Maputo é outro teste para Venâncio Mondlane. Sobretudo porque na sua alocução ele não anunciou uma estrutura de apoio para quem de uma província queira marchar para a cidade de Maputo. Outra expectativa é saber como os poderes instituídos irão reagir ao apelo de Venâncio Mondlane. A Polícia de República de Moçambique já abriu um processo-crime contra Mondlane por “incitação a violência”.(Moz24h)