Por João Nicuete
Um cheiro nauseabundo proveniente das instalações do grupo Renco está a poluir o ambiente escolar há 4 anos, no bairro de Alto-Gingone, em Pemba, província de Cabo Delgado.
Trata-se da Escola Básica Amizade Moçambique-China e da Escola Secundária Maria Mazzarello, ambas partilhando limites com as instalações do grupo Renco, uma empresa que presta serviços de consultoria, fornecimento de pessoal técnico e serviços de engenharia e construção para os setores de energia e gás, bem como para o setor de infraestrutura civil da TotalEnergies em Afungi, distrito de Palma.
Segundo Cacilda Rafael, diretora da Escola Básica Amizade Moçambique-China, o mau cheiro do esgoto proveniente dos escritórios do grupo Renco está a comprometer o processo de ensino e aprendizagem dos dois estabelecimentos que partilham limites, porque chega a atingir as salas de aula, bem como o bloco administrativo das escolas.
“Em relação ao cheiro, em algum momento, impacta negativamente a nossa escola. Primeiro é pela saúde das nossas crianças, visto que a escassos metros vende-se o lanche que os alunos compram e consomem. Isso, podemos dizer, periga a saúde das crianças,” explicou a directora.
Cacilda Rafael acrescenta que, além de poluir o ambiente escolar, a situação ameaça e periga a vida dos alunos e dos munícipes que por ali passam.
“A poluição do ar não é favorável. Mesmo eu, sentado aqui no meu escritório, sinto muito o cheiro intenso do esgoto. Ali passam pessoas e as crianças, que são os nossos alunos, brincam ali.”
A situação é considerada grave e perigosa para os menores, olhando a proximidade das duas instituições de ensino, porque o cheiro é horrivelmente intenso. Para minimizar o problema, a direção da Escola Básica Amizade Moçambique-China, na pessoa da directora, disse ter contactado a empresa de modo que esforços fossem envidados para solucionar o problema, mas tudo resultou em fracasso.
Segundo Joana Mário, uma vendedora de lanche a 5 metros do esgoto, a situação está a atingir contornos alarmantes e com tendências de agravamento.
“Estamos a passar por muito mal. Todos os dias sentimos um cheiro de cocó que vem da fossa do Renco,” disse Joana.
Sobre o assunto, a equipa do Moz24h contactou a empresa em causa para obter esclarecimentos adicionais, e esta disse desconhecer a situação e sua proveniência, mas garantiu vigiar seu perímetro para resolver o problema, fazendo higiene e limpeza. Contudo o departamento dos recursos humanos da empresa pela de forma a impeder a publicacao deste artigo, tentou suborner o nosso reporter com o valor monetario de 10 mil meticais o qual foi recusado. (Moz24h)