Por CF
O casamento entre Venâncio Mondlane e o partido Podemos está a passar por um momento turbulento
e com sinais de estar no fim. Depois de Dinis Tivane, assessor de Venâncio Mondlane, ter acusado de
“traição” o facto do partido dirigido por Albino Forquilha pretender que os 43 deputados eleitos nas
eleições de 9 de Outubro tomem posse na Assembleia da República. E de Venâncio Mondlane ter
acusado Albino Forquilha de violar o Acordo Político Coligatório assinado por ambos convista as
eleições de 9 de Outubro de 2024.
O partido Podemos reagiu dizendo em comunicado de imrensa que “Venâncio Mondlane violou reiteradamente, e de forma grave, os termos do referido acordo, em múltiplasa ocasiões, desde o período sa campanha”. O partido Podemos diz ainda “que sde manteve sempre dentro dos limites acordados, e muitas vezes subordinou-se a estratégias unilaterais da outra parate assumindo todas as consequências que daí advém”. O comunicado de imprensa assinado pelo secretário-geral do partido Podemos, Sebastião Mussanhane, também rebate a tese defendida por Dinis Tivane de que a não tomada de posse do deputado não gera consequências jurídicas. Por outras palavras , o Podemos pela pena do seu secretário-geral diz obrigado a ir tomar posse por força do “ artigo 10ª do Regimento, alinhados aos fundamentos principiológicos da Constituição da República”.
Esta posição do partido Podemos mostra claramente um divórcio com a causa de Venâncio Mondlane
que ainda acredita na pressão por via de manifestações. Contudo, com as reformas que estão a ser
prometidas de forma reiteirada pelo presidente eleito, Daniel Chapo, a Assembleia da República vai ser
um lugar de disputa política visto que as mesmas terão que ter uma dimensão legal.
Com a sua chegada a Moçambique de Venâncio Mondlane agendada para a próxima quinta-feira, pode
ser que o diferendo com o partido Podemos tenha novos contornos. O Acordo Político Coligatório que
une Venâncio Mondlane ao Podemos é tido como secreto. Contudo, esta segunda-feira circulou nas
redes sociais cópia do referido acordo. Mas as páginas que foram tornadas públicas não evidenciam a
dimensão secreta do mesmo. Há no entanto, páginas do mesmo que não foram tornadas públicas.
Talvez conhecendo o Acordo Político Coligatório no seu todo fosse possível entender as actuais posições
dos signatários. (Moz24h)