O Ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, efectuou esta segunda-feira (28) uma visita à Ilha da Inhaca para aferir o ponto de situação das obras de construção da nova ponte-cais, um projecto estruturante para a mobilidade e desenvolvimento económico e social da ilha, financiado pela Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), em parceria com os Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) e o Fundo de Transportes e Comunicações (FTC).
De acordo com um comunicado oficial, a visita contou com a presença da direcção executiva da MPDC – principal financiador do projecto –, do empreiteiro China Road and Bridge Corporation e da empresa fiscalizadora Consulmar. A nova ponte está a ser erguida no âmbito dos compromissos assumidos no contrato de extensão da concessão do Porto de Maputo, assinado em Fevereiro de 2024, que prevê investimentos em infra-estruturas logísticas e de impacto social.
O ministro João Matlombe considerou “gratificante constatar que esta obra está a avançar com qualidade, dentro dos prazos e com recurso a mão-de-obra de moçambicanos”. Até ao momento, a construção da ponte empregou 77 trabalhadores nacionais na fase de pré-fabricação dos componentes na Katembe e conta agora com 44 trabalhadores na Ilha da Inhaca, dos quais 18 são locais.
“É fundamental começarmos desde já a pensar no impacto social e económico que esta nova ponte trará à ilha, garantindo que a sua existência se traduza em benefícios concretos e sustentáveis para a população local e para a promoção do turismo na ilha”, afirmou o ministro.
Durante a visita, o governante manifestou a sua satisfação com o progresso das obras, que registam um nível de execução de cerca de 26%. Já foi concluída a produção dos pré-fabricados da ponte e do muro de contenção, estando em curso o processo de cravação de estacas para a estrutura de suporte da ponte. A conclusão da obra está prevista para o primeiro trimestre de 2026.
A nova ponte-cais representa um salto qualitativo face à antiga infra-estrutura, que contava com apenas 120 metros de extensão, encontrava-se em estado avançado de degradação e foi interditada em 2013. Ao contrário da anterior, exclusivamente pedonal, a nova ponte terá 936 metros de comprimento e capacidade para receber veículos e peões, respondendo assim às actuais necessidades de mobilidade e logística da ilha. A estrutura foi projectada para uma vida útil de 50 anos.
Este projecto enquadra-se numa visão mais ampla de responsabilidade social por parte do Porto de Maputo, que tem vindo a investir em infra-estruturas com impacto directo nas comunidades vizinhas.
Para Osório Lucas, director executivo da MPDC, “a ponte da Inhaca é um símbolo da forma como o Porto de Maputo está a devolver valor às comunidades. Este é um investimento que não se mede apenas em metros ou em betão, mas sobretudo em dignidade, inclusão e oportunidades para os habitantes da ilha.” (DE)