Por Estacio Valoi
Anoite de sábado último, por volta das 22 horas, foi marcada pelo baleamento de sete indivíduos no mercado-barracas na aldeia Nanjua, no distrito de Ancuabe.
Fontes no local em contacto com o Moz24h relataram que um grupo de policiais trajados de uniforme pingo de chuva ‘ UIR’ que se faziam transportar em motorizadas no trajeto Pemba – Namanhumbir de forma indiscriminada começou a disparar sobre as pessoas que se encontravam nas barracas naquela altura, aterrorizando aquela comunidade.
Segundo fontes, ninguém morreu no local, mas as vítimas ficaram gravemente feridas.” Uns foram baleados nas pernas, outros no peito, outro no braço.” Sem socorro, cada um “foi desarascando-se”. Os policiais vieram de mota, eram quatro motorizadas. Vieram da direção de Pemba em direção a Namanhumbir. Uns dizem que são da esquadra de Namanhumbir . Quando chegaram em frente às barracas, começaram a disparar.
O posto de saúde de Metoro, que na altura estava fechado, mas nenhuma unidade sanitária existe nas proximidades. ‘Os feridos ficaram com os seus ferimentos e os que tinham algum dinheiro procuraram um socorrista para lhes socorrer.
Muito recentemente, no dia 24 de dezembro, isto após o anúncio dos resultados eleitorais dando vitória ao candidato presidencial Daniel Chapo e o seu partido Frelimo, naquela terça-feira, manifestações foram levadas a cabo em Namanhumbir nos bairros de Mirige, Nanhupo e no centro da cidade, incluindo na sede do posto administrativo, onde jovens agarimperios e locais danificaram bens públicos e privados, como a Rádio Comunitária de Namanhumbir, financiada pela empresa Montepuez Ruby Mining, a sede do partido Frelimo, o posto policial de controle de trânsito, a casa do chefe do posto e de alguns membros do partido Frelimo, os escritórios.
“Aqui em Namanhumbir é tristeza só.” Queimaram tudo, destruíram escritório, nas reclamações com toda a documentação e computadores. Vieram no escritório ali na escola reabilitada onde sempre realizamos encontros , todas as cadeiras, aquela escola está tudo às escuras, queimaram tudo , na rádio vandalizaram algumas coisas e acessórios, queimaram sede , casa do partido, foram a uma empresa no campo de futebol onze onde os 2,75% foram usados para a construção, ao lado era uma empresa de construção que estava ali , queimaram três carros e uma ‘ A chefe da localidade tinha duas casas, que tambem foram queimadas. Foram até o acampamento da clínica – MRM empresa aqui na aldeia, vandalizaram e queimaram a ATM do BCI que estava ali instalada e foram mortas duas pessoas. Não conseguiram entrar na MRM!”
A situação continua tensa naquela parte de Cabo Delgado, com a fase ponta de lança, segundo Mondlane, a mais derradeira, a reta final das manifestações que já causaram quase três centenas de manifestantes mortos (Moz24h).