Por Quinton Nicuete
Pemba, Moçambique – O delegado do Instituto Nacional de Gestão e Redução de Desastres (INGD) em Cabo Delgado, Marques Naba, alertou nesta quinta-feira, 20 de Fevereiro, que as condições precárias das estradas na província estão a dificultar significativamente a prestação de assistência humanitária às vítimas do ciclone Chido e terrorismo.
Segundo Naba, a intransitabilidade de muitas vias tem impedido a chegada de ajuda a populações isoladas, agravando a situação das famílias afetadas pela passagem do fenômeno meteorológico.
O mau estado das estradas em Cabo Delgado não só dificulta as operações de socorro, mas também compromete a circulação de bens essenciais e a mobilidade da população. O transporte de produtos agrícolas e industriais tem sido fortemente impactado, prejudicando o abastecimento de mercados locais e a economia da região.
Para os operadores de transporte público, a situação tem sido igualmente desafiadora. As constantes avarias dos transportes semi-colectivos devido às condições precárias das vias aumentam os custos de manutenção, refletindo-se em prejuízos para os automobilistas e transtornos para os passageiros que dependem desse meio de deslocação.
O INGD garantiu que está a trabalhar em coordenação com o setor rodoviário para buscar soluções eficazes que possibilitem melhorias na mobilidade da província. Entre as medidas em estudo está a reabilitação emergencial de trechos estratégicos, priorizando corredores logísticos essenciais para a distribuição de ajuda humanitária e para o escoamento da produção local.
A degradação das estradas em Cabo Delgado tem sido um problema recorrente, agravado pelos impactos das mudanças climáticas e pelo conflito armado na região, que tem dificultado investimentos em infraestrutura.
As autoridades locais destacam que a melhoria da rede viária é fundamental para garantir não apenas a assistência às populações vulneráveis, mas também para impulsionar o desenvolvimento socioeconômico da província. (Moz24h)