Opreço de referência para a venda da castanha de caju em bruto na campanha de comercialização 2024-25 foi fixado em 45 meticais por quilograma, um aumento de 10 meticais em relação ao valor praticado na safra anterior. A decisão foi tomada na sexta-feira (13), em Maputo, durante a primeira sessão do Conselho Técnico, um fórum que reúne representantes do Governo, produtores, comerciantes e exportadores do sector.
De acordo com Olegário Banze, o esforço conjunto dos actores do sector tem resultado num aumento significativo do plantio de cajueiros, o que se reflecte na subida dos níveis de produção, actualmente estimados em 142 mil toneladas por campanha. O vice-ministro destacou ainda a melhoria da qualidade da castanha de caju moçambicana, com o peso médio por unidade a subir de 44 para 47 libras, gerando ganhos importantes para a indústria e fortalecendo os preços de exportação.
Entretanto, o director-geral do Instituto de Amêndoas de Moçambique, Ilídio Bande, adiantou que, dependendo da evolução dos preços no mercado internacional, o preço de referência agora estabelecido poderá ser reajustado ao longo da campanha, para melhor se adequar às dinâmicas do mercado global.
Além disso, o Governo destacou a recente assinatura de um acordo entre Moçambique e a China, que abre novas oportunidades para a exportação de castanha de caju e macadâmia para o mercado chinês. Este acordo é visto como uma importante janela de oportunidade para os produtores, processadores e exportadores, podendo trazer benefícios directos ao aumentar as possibilidades de comercialização.
De acordo com a informação, o Instituto de Amêndoas de Moçambique continuará a desempenhar um papel fundamental na definição de estratégias para promover as amêndoas moçambicanas, assegurando que estas se destaquem pela sua qualidade e competitividade no mercado internacional.