A família de Eduardo Mondlane, primeiro presidente da Frelimo e cognominado “arquitecto da unidade nacional”, emitiu recentemente um comunicado de imprensa no qual, entre outras coisas, diz que, “alguns cidadãos de má-fé e com fins meramente eleitoralistas, têm vindo a fazer uso indevido do nome de Eduardo Mondlane, dentro e fora de Moçambique”. E por isso a família de Eduardo Mondlane. “distancia-se e repudia o uso indevido do nome de Eduardo Chivambo Mondlane”.
Este posicionamente da família do primeiro presidente da Frelimo, mesmo sem referência a nomes, parece ser uma forma desta distanciar de alguma suposta proximidade com o candidato presidencial Venâncio Mondlane. Aliás, círculos próximos do candidato apoiado pelo partido Podemos, têm passado informação de que este tem ligações familiares com o defunto líder nacionalista moçambicano assasinado a 3 de Fevereiro de 1969. Como também tem havido tentativas de colar Venâncio Mondlane aos ideias de Eduardo Mondlane. E talvez por isso, a família de Eduardo Chivambo Mondlane, “reafirma e apoio total aoa candidato presidencial Daniel Francisco Chapo e a Frelimo organização da qual Eduardo Chivambo Mondlane foi presidente e primeiro presidente”.
Vale a pena lembrar que a família de Eduardo Chivambo Mondlane está bem posicionada nos corredores do poder em Moçambique. A sua filha mais nova, Nyelete Mondlane, é a actual ministra de Mulher e Acção Social. A sua viúva, Janete Mondlane, já presidiu a Cruz Vermelha de Moçambique e também o Conselho Nacional de Combate ao Sida. O seu filho, Eduardo Mondlane Júnior, é um empresário que se acredita que tem tirado benefício das sua proximidade com os cículos do poder em Moçambique. No presente ano perdeu a vida vítima de doença, Chude Mondlane, também filha de Eduardo Mondlane. A mesma era antropóloga e activista cultural. (CF)