Por CF
O economista Roberto Tibana, deu a conhecer a sua opinião no crescente debate sobre a parcialidade
do canal de televisão STV na cobertura da campanha eleitoral. Este canal de televisão tem sido acusado
de fazer uma cobertura da campanha eleitoral claramente favorável ao partido Frelimo e ao seu
candidato, Daniel Chapo.
Em texto publicado na sua conta na rede social Facebook, Roberto Tibana que
é o autor do Manifesto Eleitoral do candidato presidencial Venâncio Mondlane, escreveu entre outras
coisas o seguinte: “ A STV ( ou a família) teve que escolher : 1) produzir um serviço verdadeiramente
imparcial e sujeitar-se a ser trucidada pela Frelimo e entrar numa “ travessia do deserto” sem fim; 2)
fechar a “loja” e passar fome; ou 3) prestar um serviço incondicional à Frelimo.”
E segundo Tibana, “ eles escolheram a terceira via”. O economista diz ainda que, “ o certo é que a linha editorial é inconfundível e não é escondida: Ela é pró-Frelimo..”. Roberto Tibana também acusa o canal de televisão STV, “ de tal como a Frelimo ela é draconiana no silenciamento de quem quer que seja que se apresente ou seja percebido como uma “ameaça” à Frelimo”. Ele próprio considera-se “banido” da STV. No referido texto ele diz que em 2017 “repórteres da Stv-soico foram enviados para cobrir um evento em que eu era o principal orador. Gravaram mais de duas horas da minha acção. E até hoje não tirado para o público nem um segundo desse material”. Tibana diz que ainda escreveu a STV para que lhe vendessem o referido material mas sem sucesso.
Mas sai em defesa do jornalista Francisco Mandlate
Contudo, Roberto Tibana, no mesmo texto, sai em defesa do jornalista Francisco Mandlate, que tem
estado no centro de um debate pela forma como está a fazer a cobertura da campanha eleitoral do
candidato do partido Frelimo, Daniel Chapo. Mandlate tem sido acusado de estar a fazer propaganda
política no lugar de jornalismo. Há quem acredita que Francisco Mandlate pretende assegurar um lugar
na futura equipa de Daniel Chapo caso este vença as eleições de 9 de Outubro. Esta ideia tem paralelo
no percurso de Arsénio Henriques, então jornalista do mesmo canal de televisão, que depois de ter feito
de forma entusiástica à cobertura da campanha eleitoral de Filipe Nyusi foi premiado com o cargo de
Adido de Imprensa da Presidência da República. Mas Roberto Tibana pensa de forma diferente e sobre
isso escreve o seguinte : “ Antes de eu ser banido, eu tive uma experiência de trabalhar com ele.Foi o
único jornalista daquela estação de quem ainda tenho estima como um profissional íntegro”. (Moz24)