Circula desde o final da tarde de ontem, nas redes sociais, um documento intitulado: “Julgamento das Dividas ocultas: da politização a gestão da crise”. Sem timbre, mas com o indicativo de alegadamente ter sido produzido pelo gabinete de comunição e imagem do partido Frelimo, o mesmo indica 15 nomes de inveterados defensores da organização mesmo quando esta navega em águas turvas. Segundo o documento interceptado pelo Moz24h, a tarefa dos 15, é no horizonte temporal de Agosto a Dezembro entre outros “Organizar, estruturar e traduzir toda a documentação existente oficial do processo de Londres e outra forma organizada para que se possa usar mensagens positivas a favor do partido Frelimo; Criar narrativas com a imprensa internacional, fazer um trabalho de influenciar as peças diárias, recomendar comentadores; criar um task force de intervenção rápida na rede social Facebook (defender nomes e protidão)”
Do G40 ao G15
Os G15, como podem passar a ser conhecidos na esfera pública – tal como foi com o famigerado G40 – tem como Recursos humanos os cidadãos Caifadine Manasse (deputado porta voz do partido Frelimo), o jurista e criminalista Elidio de Sousa, o comentador Julião Arnaldo, Alexandre Jorge Mano, Agy Abdul Amade, Edson Munguambe, o historiador Egidio Vaz, Pedro Guiliche, Dércio Alfazema, o jurista Manuel Guilherme Junior, o jornalista e jurista José Belmiro, o jornalista Gustavo Mavie, o fisico Julião João Cumbane, o jornalista Moisés Mabunda, Roberto Lamba (tete) e Zefanias Namburete (Sofala). O jornalista Gustavo Mavie é o único que transita da empreitada do extingo G40 que serviu os propósitos de evocação a governação do final do mandato de Armando Emilio Guebuza. O historiador Egidio Vaz foi um acérrimo critico do G40.
Os intelectuais orgánicos atrás referidos são vistos como “a mão suja do partido no poder”, como reação à acutilância da sociedade civil. Existe o entendimento de que o seu objetivo é descredibilizar a sociedade civil.
Recentemente e em entrevista a DW, Ernesto Nhanale, especialista em comunicação social e diretor do MISA-Moçambique, mencionou o facto de apoiantes pro-Nyusi terem “o poder usarem os meios de comunicação social públicos para escamotear a verdade”.
“Uma coisa é o debate nas redes sociais, em que cada um usa a sua página para expressar de forma autoritária o seu pensamento, mas, quando chegamos ao nível de privatizar os meios de comunicação públicos para manipular a opinião pública de forma deliberada isto não é bom”, sublinha.
O Moz24h tentou esta manhã, sem sucesso obter comentário de Caifadine Manasse, mas sem sucesso, visto que este não atendeu as nossas chamadas O orçamento para a operacionalização desta operação constante do documento vazado é de 3 milhões de meticias. refira-se que o partido Frelimo foi um dos receptores dos valores da planilha de subornos da Privinvest (Palmira Zunguze)