Economia

Daniel Chapo pede apoio do FMI a reformas económicas e políticas no país

Lusa

O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, pediu hoje o apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI) em reformas relacionadas com a dívida pública, coleta de receitas, boa governação e combate à corrupção, para melhorar a situação macroeconómica e financeira do país.

“Viemos pedir o apoio do FMI, para que possam realmente nos apoiar nestas reformas “, disse Daniel Chapo, no final de um encontro com o diretor-geral adjunto do FMI, Bo Li, em Washington, tendo anunciado que a instituição vai mandar uma missão a Moçambique em novembro.

O Chefe de Estado, que visita os Estados Unidos da América até quinta-feira, explicou que as reformas envolvem questões relacionadas com a dívida pública interna e externa, melhoramento da coleta de receitas, o alargamento da base fiscal, além da boa governação, transparência e o combate à corrupção, com o “objetivo principal” de melhorar a situação macroeconómica e financeira do país.

“Felizmente, nosso parceiro estratégico, neste caso o FMI, comprometeu-se em continuar a trabalhar connosco”, afirmou o Presidente.

Segundo Chapo, no âmbito do apoio, o Fundo Monetário Internacional vai mandar uma missão em novembro para Moçambique, “para se inteirar da nova visão e do novo programa” que o país tem.

“Comprometeram-se também em dar apoio técnico para a materialização deste novo programa” que tem como objetivo “melhorar a situação macroeconómica e financeira do país, por forma que possamos realmente desenvolver o país”, acrescentou.

Bo Li explicou que o encontro serviu para debater os desafios e as oportunidades para Moçambique e como o FMI pode apoiar o país em programas de “reformas e estabilização”.

“Quero agradecer o Presidente Chapo por estar aqui e espero trabalhar com ele e a sua equipe”, concluiu o responsável.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu em agosto uma “consolidação orçamental imediata” em Moçambique para garantir a estabilidade macroeconómica e disse que as discussões sobre um novo programa de ajustamento financeiro vão continuar “nos próximos meses”.

“É necessária uma consolidação orçamental imediata para restaurar a sustentabilidade orçamental, reduzir as necessidades de financiamento e colocar a dívida numa trajetória clara de redução, para diminuir as vulnerabilidades da dívida, ao mesmo tempo em que se cria espaço orçamental para apoiar o desenvolvimento e proteger os mais vulneráveis”, referia-se num comunicado de imprensa do FMI.

Divulgado depois da visita da equipa do Fundo, entre 21 e 29 de agosto, a Maputo, o comunicado aponta que “face aos desequilíbrios externos e orçamentais, a equipa do FMI recomendou que as autoridades tomem medidas decisivas para restaurar a estabilidade macroeconómica, melhorar as perspetivas de crescimento da economia, facilitar a criação de empregos e reduzir a pobreza”. (Lusa)

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