Por CF
No passado mês de Dezembro, por força das manifestações pós-eleitorais, os técnicos das Àguas da Região Metropolitana de Maputo, em muitos bairros não puderam fazer a leitura do consumo mensal da água em casa dos consumidores. Por isso, as Águas da Região Metropolitana de Maputo estabeleceram por si o que acreditam ser o valor que o consumidor deve pagar. Contudo, não está claro o critério que a empresa fornecedora estabeleceu para fixar o valor a pagar pelos consumidores.
Em certos casos, o valor estimado pelas Águas da Região Metropolitana de Maputo está muito acima de qualquer que já tenha sido facturado ao consumidor. Esta situação levanta sérias dúvidas sobre os critérios que a empresa usa para estabelecer valores estimados. Os recurso a valores estimados também ocorre quando, por alguma razão, os técnicos da empresa não tenham acesso ao contador para fazer a respectiva leitura.
Em contacto a Moz24h, Zedequias João, disse estar seriamente agastado com os critérios que as Águas da Região de Maputo estabelece para calcular valores estimados do consumo de águas por parte dos seus clientes. Segundo ele, mesmo sem os técnicos da empresa terem ido a sua casa fazer a leitura do contador, por força das manifestações pós-eleitorais, emitiram uma factura cujo valor é superior a todos os outros que recebeu ao longo do ano. “ A factura do mês de Dezembro, cujo valor foi estimado, é superior a de todos os outros meses em que o técnico veio fazer a leitura”, disse Zedequias João visivelmente agastado.
O nosso interlocutor reforçou a sua ideia dizendo que depois que as manifestações pararam, o técnico das Águas da Região Metropolitana de Maputo voltou a fazer leitura e a factura recebida tem um valor muito abaixo do factura cujo valor foi estimado. O Moz24h teve acesso as facturas de Zedequias João que comprovam a sua história.
Zedequias João diz ter contactado a Linha do Cliente das Águas da Região Metropolitana de Maputo e melhor que ouviu da funcionária fou um: “ desculpa pelo sucedido”. As outras palavras da funcionária serviram para tentar explicar o que o nosso interlocutor acredita não ter explicação.
A história de Zedequias João é apenas uma das muitas que existem. As Águas da Região Metropolitana de Maputo estão a penalizar os seus consumidores pelas manifestações pós-eleitorais.
Vale a pena lembrar que o custo da água canalizada tem estado nas queixas de vários segmentos da população moçambicana. Aliás, no seu plano de governação de 100 dias, Venâncio Mondlane, o
autoproclamado “Presidente eleito pelo povo” defende que o consumo de água não deve ser facturado no referido período de tempo. Esta posição de Mondlane tem sido aclamada pela população. (Moz24h)