Polícia activa modo Simão Pedro e nega agente crivado de balas em Nkobe mas depois recua devido a críticas da sociedade e dá o dito por não dito
A Polícia da República de Moçambique (PRM) destacou-se ao longo da semana passada pelas piores razões. Tudo começou quando um cidadão foi crivado de balas na quarta-feira, 11 de Junho, no bairro Nkobe, Município da Matola, Província de Maputo.
Imediatamente a seguir ao assassinato frio e macabro começaram a circular informacões dando conta de que a vítima era agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), uma sub-unidade da PRM, e em vida respondia pelo nome de Carlitos Zandamela.
A informação foi prontamente desmentida pelo porta-voz da corporação em Maputo, Cláudio Ngulele. Entretanto, a mesma Polícia que rejeitou o agente esteve no seu velório onde, inclusive, prestou honras militares, o que claramente mostra uma grave contradição, facto que valeu críticas à Polícia.
Naquilo que parece uma tentativa de responder às críticas, o Comando-Geral da PRM emitiu um comunicado onde desmente que a corporação tenha “negado” o agente, como Simão Pedro negou a Jesus Cristo no Evangelho de Lucas (Lucas, 22:54- 57). E assumiu Carlitos Zandamele como membro da corporação com a patente de Superintendente Principal da PRM e Chefe de Reconhecimento da UIR. No comunicado, a PRM diz que os jornalistas não entenderam a mensagem transmitida por Cláudio Ngulele.