Por FC
Os assinantes do provedor moçambicano de televisão digital Transportes-Multiplexação e Transmissão,TMT, estão desde esta quarta-feira privados de assistir os canais internacionais. Estes estão todos literalmente “congelados”e impossíveis de se assistir. A agravar a situação está facto, da provedora não estar a dar informação aos seus clientes sobre o que realmente se está a passar. Como também a sua Linha de Cliente não atende as chamadas dos seus clientes. Não sendo uma situação nova, visto que é recorrente neste provedor de televisão digital os canais internacionais estarem inacessíveis, mas nunca o público assinante recebe informação do que realmente se está a passar.
Um silêncio que mostra que a TMT que é um empresa de capitais públicos e privadas não respeita os
direitos do consumidor. São accionistas da TMT a Rádio Moçpeambique, a Televisão de Moçambique, a
Start Times e a Hantex International Co. Limitada, com sede nas Maurícias. Aliás, este estrutura
accionista tem sido alvo de críticas porque inicialmente acreditou-se que a TMT seria um provedor
público não só para levar a cabo o Projecto de Migração Analógico para o Digital, mas também para
permitir que mais moçambicanos tenham acesso a televisão digital. Tanto mais que esta teve
financiamento, através de um empréstimo contraído pelo Estado moçambicano a um banco chinês no
valor de 156 milhões de dólares. Contudo, estudos mostram que a TMT vende os seus produtos e
serviços a preços de mercado.
Recentemente, a TMT fez manchete na comunicação social depois de ter bloqueado nos seu serviços a
transmissão do canal privado de televisão STV por alegado incumprimento de contrato. As televisões
nacionais para passarem os seu conteúdos na plataforma TMT têm que pagar uma taxa mensal. Algo
contestado por muitos gestores de canais de televisão que defendem que, a TMT é que devia pagar
pelos conteúdos que passa na sua plataforma. Aliás, ao que parece que é o que acontece quando se
trata dos canais internacionais que por agora estão inacessíveis. (Moz24h)