– Nomear o sucessor de Buchili em final de mandato ou deixar para que o seu sucessor o faça fora do prazo exigível, eis o dilema de Nyusi
O mandato da actual Procuradora-Geral da República (PGR) terminou no dia 20 de Agosto último e o Presidente da República (PR) já deveria ter nomeado um novo PGR ou reconduzido Beatriz Buchili ao terceiro mandato no cargo, como procedeu com o Presidente do Tribunal Supremo, Adelino Muchanga.
Apesar da Constituição da República (CRM) não limitar o número de vezes que o mandato do PGR pode ser renovado, ela não se refere à possibilidade de renovação automática no cargo, o que significa que o PR está a violar a Constituição ao não se manifestar sobre a sua exigência constitucional de nomear o PGR ou reconduzir a actual.
Enquanto o PR não se pronuncia, Beatriz Buchili mantém-se como PGR, exercendo funções e tomando decisões estruturantes fora do mandato. E uma das decisões que Buchili tomou fora do mandato foi a nomeação da Procuradora-Geral-Adjunta Glória Adamo para o cargo de directora do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC).