O Presidente da República, Filipe Nyusi, afirmou, esta terça-feira, em Maputo, que a resolução dos grandes problemas ambientais está centrada a três níveis, nomeadamente nos centros urbanos, nas zonas rurais e no ambiente marinho e costeiro.
Nos centros urbanos, como nas cidades da Beira, Quelimane, Nacala, Xai-Xai, a educação ambiental focaliza o combate à erosão costeira.
Nas zonas rurais, os grandes desafios incluem o combate à caça furtiva, mineração desenfreada e desmatamento insustentável da floresta sobretudo nas áreas de conservação.
Para o caso do ambiente marinho e costeiro, o Chefe do Estado afirmou que a conservação constitui uma das grandes apostas pois 26 por cento do território nacional é coberto por áreas de conservação, com destaque para os parques nacionais de Gorongosa, Banhine, Quirimbas, Limpopo, Zinave, Bazaruto e Maputo e as reservas de Gilé e de Mágoe.
Nyusi falava na abertura do VII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países da Comunidade de Língua Portuguesa que tem como objectivos promover o intercâmbio científico, oportunidades de cooperação e partilha de experiências pedagógicas entre os países membros da CPLP.
O Chefe do Estado afirmou que ser preciso um grande compromisso ao nível das lideranças políticas na educação ambiental.
As políticas ambientais em Moçambique estão alinhadas com as convenções internacionais e com o chamado conhecimento indígena.
O Presidente da República manifestou preocupação pelo incumprimento dos acordos alcançados sobretudo por parte dos países industrializados que são os maiores causadores das mudanças climáticas.
O congresso vai decorrer sob quatro eixos temáticos, nomeadamente, a Educação Ambiental nas Políticas de Desenvolvimento, a Educação Ambiental no Sistema Educativo e Construção da Cidadania Ambiental, a Educação Ambiental como resposta aos Desafios Impostos pela Crise Climática e a Educação ambiental como contributo aos Grandes Projectos de Desenvolvimento. (RM)
