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Moçambique é um destaque negativo do ano eleitoral 2024 – Fundação Mo Ibrahim

Foto: Ismael Miquidade/Maputo

Fundação Mo Ibrahim defende que as eleições de 09 de Outubro, em que o partido Frente de Libertação de Moçambique “prolongou o seu regime de 49 anos, foram recebidas com protestos mortais”.

A Fundação Mo Ibrahim considera que Moçambique é um dos destaques, pela negativa, do ano eleitoral de 2024 em África, pela fragilidade do processo político que “exclui a vontade do povo”, segundo um relatório divulgado ultima  Quinta-feira

Fundação Mo Ibrahim defende que as eleições de 09 de Outubro, em que o partido Frente de Libertação de Moçambique “prolongou o seu regime de 49 anos, foram recebidas com protestos mortais”.

Foto: Ismael Miquidade

Pelo menos 130 pessoas morreram nas manifestações pós-eleitorais em Moçambique desde 21 de outubro, segundo balanço avançado, nesta semana, pela Plataforma Eleitoral Decide, que monitoriza os processos eleitorais em Moçambique, que aponta ainda 385 pessoas baleadas.

O candidato presidencial Venâncio Mondlane disse, na segunda-feira, que a proclamação dos resultados das eleições gerais pelo CC, previsivelmente em 23 de dezembro, vai determinar se Moçambique “avança para a paz ou para o caos”.

Foto: Ismael Miquidade

“A oposição contestou o resultado das eleições, considerando-o fraudulento, uma afirmação corroborada pelos observadores eleitorais da UE”, refere a Fundação, adiantando que a eleição do candidato presidencial da Frelimo, Daniel Chapo, o primeiro Presidente eleito para o cargo a nascer após a independência, em 1975, traduziu-se para “muitos moçambicanos como uma continuação do domínio de quase meio século do partido no poder”.

“Com a agitação e contestação que se seguiram à votação de outubro, o enfraquecimento da sociedade civil pode estar relacionado com a desconfiança no processo eleitoral”, sinaliza-se no relatório.

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