O Instituto Nacional de Petróleo (INP), regulador do sector, anunciou esta segunda-feira (12) que cinco dos seis contratos do sexto concurso para a pesquisa e produção de hidrocarbonetos no País já foram assinados com as concessionárias petrolíferas, segundo informou a Lusa.
“O sexto concurso está completamente fechado. Cinco contratos já foram assinados e aprovados pelo Governo e o sexto está em processo de assinatura para depois ser levado à aprovação”, disse o presidente do INP, Nazário Bangalane.
O responsável adiantou que os acordos já assinados entre as autoridades moçambicanas e as empresas petrolíferas necessitam ainda de um visto do Tribunal Administrativo, para que as operações de pesquisa possam começar ainda este ano. “Acreditamos que ainda este ano os trabalhos vão começar”, declarou.
O sexto concurso para a pesquisa e produção de hidrocarbonetos em Moçambique foi lançado pelo Governo no final de 2021, impulsionado por descobertas anteriores de gás natural no País, principalmente na Bacia do Rovuma, que contém reservas entre as maiores do mundo.
De acordo com a informação, Moçambique detém três projectos de desenvolvimento aprovados para a exploração das reservas de gás natural da Bacia do Rovuma, situadas ao largo da costa de Cabo Delgado. Dois destes projectos têm maior dimensão e prevêem canalizar o gás do fundo do mar para terra, arrefecendo-o numa fábrica para exportação marítima em estado líquido.
O primeiro destes projectos é liderado pela TotalEnergies (consórcio da Área 1), cujas obras foram suspensas por tempo indeterminado após um ataque armado a Palma, em Março de 2021. A TotalEnergies declarou que só retomaria os trabalhos quando a segurança na área fosse garantida. O segundo projecto, sem data de início anunciada, é liderado pela ExxonMobil e Eni (consórcio da Área 4).
Um terceiro projecto, concluído e de menor dimensão, pertence também ao consórcio da Área 4 e consiste numa plataforma flutuante de captação e processamento de gás para exportação directamente no mar, que iniciou operações em Novembro de 2022.
Nazário Bangalane fez estas declarações após uma visita às obras da fábrica que vai fornecer gás natural à Central Térmica de Temane (CTT), a primeira a gás em Moçambique, localizada na província de Inhambane, no sul do País, tal como informou a Lusa.