(Comunicado de Imprensa) [22 de Setembro de 2025] – Hoje, a igualdade de género está no centro da agenda do Encontro de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas, que assinala o 30.º Aniversário da Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres. Convocado pelo Presidente da Assembleia Geral, o encontro reúne líderes mundiais, incluindo o Presidente da República de Moçambique e a sua delegação, oferecendo uma oportunidade única de transformar em ação as promessas feitas às mulheres e raparigas, 30 anos após a adoção da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, o mais visionário acordo global sobre igualdade de género.
Neste contexto, 106 governos de todas as regiões, incluindo Moçambique, apresentaram 191 compromissos para acelerar o progresso de todas as mulheres e raparigas até 2030. Lançado pela ONU Mulheres, o Painel de Acções Prioritárias Beijing+30 torna visíveis estes compromissos voluntários e demonstra que a igualdade de género continua a ser uma força mobilizadora do multilateralismo.
“Este acto de assumir compromissos pelos direitos das mulheres e raparigas confirma uma poderosa verdade: a igualdade de género continua a ser uma força unificadora para o mundo. E o multilateralismo mantém-se comprometido em construir um mundo igual para todas as mulheres e raparigas”, afirmou Sima Bahous, Directora Executiva da ONU Mulheres.
Um em cada três compromissos apresentados foca-se no combate à violência contra mulheres e raparigas, e 46 governos fundamentaram explicitamente as suas acções em acordos internacionais, como a CEDAW e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável. Outros compromissos incluem:
- Transformação de normas sociais discriminatórias, através da educação, mobilização
comunitária, políticas de segurança digital e reformas nos sistemas de cuidados.
- Aumento do financiamento para a igualdade de género, incluindo apoio direto a organizações
de mulheres.
- Mais dados e responsabilização de género, para garantir visibilidade e progresso mensurável.• Colaboração com organizações feministas e de defesa dos direitos das mulheres, sobretudo em áreas como o fim da violência, a paz e segurança, a acção climática e a justiça económica.
Moçambique, no âmbito do processo Beijing+30, definiu como áreas prioritárias “zero violência” e “liberdade da pobreza”, reforçando o compromisso nacional em eliminar a violência contra mulheres e raparigas e em garantir condições de vida dignas para todas.
Quase todos os compromissos colocam as raparigas adolescentes e as jovens mulheres na linha da frente, reconhecendo o seu papel de liderança no presente e no futuro.
“A igualdade de género sempre foi, e sempre será, uma poderosa fonte de esperança. Mas a esperança, por si só, não basta. O apoio político tem de ser acompanhado de apoio financeiro — caso contrário, continuaremos a negar a verdadeira igualdade a todas as mulheres e raparigas. O momento é agora”, acrescentou Sima Bahous.
A ONU Mulheres apela aos governos para que transformem compromissos em acções concretas,mostrando que os direitos de metade da população mundial são uma força unificadora e a base do desenvolvimento sustentável, da paz, da justiça e dos direitos humanos para todos.