O órgão explica que existem alegações, atribuídas a “fontes seniores” dentro da empresa, de que a capacidade útil de armazenamento de água no reservatório estaria abaixo dos 5%. Caso a seca na região, causada pelo fenómeno climático El Niño, se agravasse, a HCB poderia ser obrigada a suspender a produção de electricidade.
Em resposta, a administração da HCB emitiu um comunicado, garantindo que o nível actual de água na albufeira é superior a 21%.
O documento acrescenta que, de acordo com as previsões climáticas sazonais do SARCOF-29 (Southern Africa Regional Climate Outlook Forum-29), existe uma elevada probabilidade de ocorrência do fenómeno La Niña até ao final da estação chuvosa de 2024-2025. Este fenómeno, particularmente entre Janeiro e Março, poderá trazer chuvas normais para a região da Bacia do Zambeze.
A AIM relatou que há também alegações de que a HCB teria descarregado água do reservatório desnecessariamente entre Setembro e Dezembro. No entanto, a direcção da HCB refutou veementemente estas acusações, afirmando que, em 2024, não houve qualquer descarga de água.
Segundo a empresa, até ao final de 2025, espera-se recuperar níveis de armazenamento suficientes para garantir a produção de electricidade que satisfaça as necessidades do País e da região.
A HCB destacou ainda que, em 2024, atingiu uma produção total de 15,75 mil Gigawatts, mesmo enfrentando condições hidroclimáticas adversas provocadas pela seca severa associada ao El Niño.
De acordo com Tomás Matola, presidente do Conselho de Administração da HCB, a empresa estima entregar aos cofres do Estado cerca de 18,4 mil milhões de meticais (292 milhões de dólares) em taxas e impostos, com um lucro recorde previsto de aproximadamente 14,2 mil milhões de meticais (225 milhões de dólares) em 2024.
“O desempenho da HCB reafirma o seu papel estruturante e estratégico no desenvolvimento de Moçambique e na melhoria das condições de vida dos moçambicanos”, concluiu Matola.(DE)