SUSTENTA rejeitado e legado criminoso confirmado — onde estão as instituições de justiça?
Morreu o Projecto de Gestão Integrada de Agricultura e Recursos Naturais (SUSTENTA). A morte do projecto, que foi criado em 2016 e inicialmente implementado nas províncias de Nampula e Zambézia, e a partir de meados de 2019 expandido para o resto do país, foi anunciada na semana passada pelo Ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas, Roberto Albino.
A decisão do novo governo confirma o que sempre dissemos: que o projecto, que foi bandeira de governação de Filipe Nyusi, não passou de um um embuste, cuja criação visava interesses políticos, dos quais a consolidação da influência do antigo ministro da Agricultura e pai do projecto, Celso Correia.
O projecto deixa um legado de gestão danosa e criminosa com dívidas para o erário público. Com o anúncio do seu fim sem que se tenham sido alcançados os objectivos da sua criação, o Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD) reitera a necessidade de intervenção das instituições da Justiça para a responsabilização dos mentores do projecto com particular destaque para Celso Correia.
