Politica Sociedade

Governador pede calma no meio de balas e catanadas

Por Estacio Valoi

 

O Governador de Cabo Delgado deslocou-se recentemente a Mocímboa da Praia, aldeia de Quelimane, e ao distrito de Palma, nos dias 10 e 11 de Outubro de 2025, onde tentou levar mensagem de esperança num momento em que o medo e a incerteza voltam a marcar o quotidiano das comunidades locais após novas incursões terroristas.

A visita depois de oito anos de ataques, mortes e destruições foi descrita como sendo de “trabalho e solidariedade.” Valigy Tauabo apelou à calma e à coesão social, sublinhando que o Executivo “não vai abandonar o povo de Mocímboa da Praia. Sabemos que o vosso sofrimento é grande. O Governo está aberto ao diálogo, porque acreditamos que a paz é o caminho para reconstruirmos esta terra”, perante dezenas de residentes que se reuniram para o ouvir. “Vocês têm sido o exemplo de perseverança. O nosso compromisso é devolver a tranquilidade, garantir segurança e criar as condições para que o distrito volte a prosperar”, acrescentou o governante.

Esta visita do Governador a Mocímboa Praia acontece depois de uma demonstração de for,a à moda publicidade-Maketing dos insurgentes,  militarmente bem equipados,  at’e uniformizados a rigor com o uniforme igual ao das forças de defesa   Moçambicanas no meio da vila  presença militar ruandesa e moçambicana,  no calar da noite reuniram adolescestes, jovens e adultos  numa mesquita  em mais um “Sahada..não há um outro deus senão Allah…”No vídeo feito na  mesquita o grupo disse que a “guerra era religiosa entre muçulmanos e cristãos, e que a mesma não tinha um fim a vista razão pela qual, as pessoas ali presentes tinham que se retirar daquela região imediatamente porque nos próximos dias a situação seria de extrema perigosidade.”

A continua narrativa de Taubo foi como que  tentar  contrariar o barulho das  rajadas,  o tinir  das balas,  o som das catanas dos   insurgentes em golpes mortais separando a cabeça do corpo,  o grito de socorro de milhares de pessoas onde “quase todos ou todos os dias os insurgentes circulam, andam por aqui ” como dizem fontes locais a ‘terem “ calma” no meio de balas desde Outubro de 2017,

Tauabo,  depois de Mocímboa corria para distrito de Palma para dar continuidade a sua procissão, e ainda com a tal ‘ calma’  que pedia e com a “velha promessa do fim do terrorismo,” mas sem dizer a população como, quando, onde ,  que estratégias, e que terroristas devem fazer parte do referido dialogo ‘ parcial fantochada’ segundo analistas, o governador já em Palma que na noite de Quinta-feira, vivenciou mais um ataque mortal no bairro Incularino, arredores da vila,  prometeu mais uma vez que a situação iria melhorar nos próximos dias. “Vamos manter a nossa fé. A estratégia para a nossa segurança está a ser traçada para que tenhamos a melhor segurança”, disse Valige Tauabo, perante dezenas de moradores.

Ainda segundo o governador, este referiu que sobre os melhores dias a espreita, teve a garantia da liderança local e comando distrital das Forças de Defesa e Segurança. “Nesta nossa visita curta, tivemos oportunidade de ouvir toda informação do que aconteceu nos últimos dias através dos líderes, e também já conversamos com o comando. Então, já temos a imagem real daquilo que deve ser feito para que a nossa segurança esteja da melhor forma” disse, apelando à colaboração da população a qual vem se manifestando e denunciando atrocidades contra ela cometida. https://moz24h.co.mz/mocimboa-da-praia-sob-ataques-terroristas-com-fuga-de-residentes-e-aumento-de-pedidos-de-transferencia-escolar/

Gritam de Palma. “Desde que reclamamos sobre o isolamento passaram a matar-nos.”

É daquela parcela do pais-Palma   onde a população não só denuncia perseguições assim como acusa a Total Energies, multinacional francesa líder do projeto Mozambique LNG, de incumprimento de acordos, injustiças e de isolamento da península de Afungi, no distrito de Palma, em Cabo Delgado  “Hoje, para chegar a Afungi, parece que já estamos noutro país e não em Moçambique. Até os próprios militares ruandeses, que antes faziam compras junto da população, deixaram de o fazer. Tudo está fechado”, relatava um residente a uma televisão local.

https://moz24h.co.mz/palma-denuncia-isolamento-de-afungi-e-incumprimento-de-acordos-no-projecto-mozambique-lng-novo-colonato/ A população exige que o governo pressione a Total Energies a reabrir as portas de Afungi e a permitir que os negócios locais participem na retoma do projeto. Para muitos, a esperança de desenvolvimento da vila depende diretamente da integração com a exploração de gás.

Palma “Logo que nós começamos a falar do projeto, começaram a nos matar. é por isso que a gente diz que o coiso (terrorismo) tem a ver com a Total energies, não resta duvidas.  Quem é o terrorista? Não conhecemos, qualquer pessoa pode ser. Eles querem nos matar para ficar a explorar, para nós não virmos para aqui. Desde que nós reclamamos sobre o Isolamento a guerra rebentou de vez. Esta pior, todos os dias passam a degolara pessoas nas casas. Eles querem para nós sairmos da vila. Desde aquela reclamação é como se eles estivessem a dizer ‘agora vão ver”.Tiraram cem trabalhadores que dizem que não querem nada com Palma!  Então porque é que esses trabalhadores não saem?!Dizem que não querem ligação com Palma! Como é que não querem ligação com Palma se o gás esta aqui!  É possível? Desde que reclamamos sobre o isolamento passaram a matar-nos. Senhor jornalista ir dizer assim mesmo, “ que desde o isolamento passaram a matar-nos.” Disseram fontes cansadas, frustradas e sem a quem recorrer. https://moz24h.co.mz/adin-totalenergies-e-a-exclusao-da-comunidade-de-palma/ (Moz24h)

 

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