Por Estacio Valoi
Relatos de quatro a dez mortos e número não especificado de feridos é o balanco preliminar desde as 21 horas de domingo numa das maiores mineradoras de rubis do mundo sediada em Namanhubir-Montepuez (MRM-Gemfields)
Eram por volta das 17h40 quando recebo um telefone de um dos garimpeiros que de tantas tentativas por fim conseguiu subir ao monte para telefonar-me. Esta ele em Tseue na boca da concessão mineira. Entre redes menstruadas dizia que o povo durante pares de horas tinha tomado de volta suas terras pondo ate a polícia a correr e uns militares ate que o apoio chegou, ‘veio boina vermelha.’1
Um ‘mob’ entrou na concessão mineira do General Pachinuapa, correu com as balas do general e da nomenclatura política moçambicana. “eram milhares” diz outro ‘oitocentas pessoas’ diz outro ‘eramos muitos. Estamos cansados. Aqui não temos nada!”
Do cume do monte uma outra chamada entrava depois de várias tentativas de cantar-me sobre o fatídico incidente!
” eu estou na mina de Tseue desde de manha disseram que houve oportunidade de entrar nas minas, íamos em massa, a população de Nanjua, Namanhumbir, Montepuez. Fomos ate a mina, outros conseguiram tirar camada, mas outros foram baleados. São cinco pessoas que foram baleadas. Não contei se houve mortes, estávamos a fugir no mato, encontrei uma pessoa nua, morta. Eram muitas pessoas, eu não tinha crédito para te telefonar, subi uma montanha para poder ligar-te. Eram pessoas de todos os lados, Namanhumbir, Muaja, Montepuez, de todos os lados. De Nanjua estamos aqui agora umas 15 pessoas-16h.
Eram por volta das 16 horas e os garimpeiros continuavam pela mata. “Ainda estamos aqui na mina, espalhados, as perseguições continuam. As pessoas que conseguiram entrar de manha de madrugada conseguiram tirar camada, as pessoas que chegaram entre as 10h,11 horas tiveram que enfrentar militares que estão a disparar, não são da UIR, mas militares aqueles de boina vermelha.”
” eu estou na mina de Tseue desde de manha disseram que houve oportunidade de entrar nas minas, íamos em massa, a população de Nanjua, Namanhumbir, Montepuez. Fomos ate a mina, outros conseguiram tirar camada, mas outros foram baleados. São cinco pessoas que foram baleadas. Não contei se houve mortes, estávamos a fugir no mato, encontrava uma pessoa nua, morta. Eram muitas pessoas, eu não tinha crédito para te telefonar, subi uma montanha para poder ligar-te. Eram pessoas de todos os lados, Namanhumbir, Muaja, Montepuez, de todos os lados. De Nanjua estamos aqui agora umas 15 pessoas-16h.
Ainda estamos aqui na mina, espalhados, as perseguições continuam. As pessoas que conseguiram entrar de manha de madrugada conseguiram tirar camada, as pessoas que chegaram entre as 10h,11 horas tiveram que enfrentar militares que estão a disparar, não são da UIR, mas militares aqueles de boina vermelha.
Outra fonte contactada pelo Moz24h disse que os garimpeiros entraram para a zona de maningue Nice-centro, o centro da mina entre as 20h e 21 horas de ontem, eram cerca de 800 pessoas “a polícia fugiu, os militares também, depois pediram reforço, aí tudo aos disparos.” Enfatizou a fonte
O comandante da polícia de Montepuez assim como representantes da empresa, ontem por volta das 17h foram a radio comunitária local, na altura as nossas fontes faziam referência a quatro mortos. Ate as 14h de hoje domingo a situação já estava controlada
https://cjimoz.org/news/a-longa-marcha-as-concessoes-dos-minerais-de-cabo-delgado/