Por Estacio Valoi
Foram 10 anos de Investigação feita pela nossa equipa desde 2015 sobre os contornos das peripécias do Ernesto Valoi “Boss Navara” um dos maiores caçadores furtivos de Moçambique, condenado a 27 anos de prisão e 16 anos de multa e 11 milhões de indemnização ao Estado, e perda de bens no valor de 9 milhões e favor do Estado.
Depois de três sucessivos adiamentos , juíza condenou sexta-feira ultima 16 de Agosto de 2024,os arguidos Ernesto Valoi “Boss Navara” e Paulo Zucula Júnior respondem por associação criminosa, uso de armas proibidas, branqueamento de capitais, exposição de pessoas ao perigo, uso de documentos falsos, financiamento ao terrorismo, crimes de venda ou compra de arma ilegal, crimes de venda e compra de carros ilegais, por caça furtiva e venda ilícita de recursos faunísticos e espécies proibidas, homicídios, alguns crimes que praticaram na vizinha África do Sul.
O julgamento do “Caso Navara” teve o seu início no passado dia 26 de Dezembro de 2023.
Outro seu comparsa de Navara Paulo Zucula Júnior foi condenado a 24 anos de prisão e 16 anos de multa, 4 milhões de indemnização a favor do Estado e perda de bens no valor de 17 milhões a favor do Estado.
Da lista de crimes arrolados constam a compra e venda de espécies proibidas (16 anos de prisão), associação criminosa (8 anos de prisão), branqueamento de capitais (16 anos de prisão)
Do “Boss Navara” Castelos em ruínas
Durante uma visita a Massingir em 2017, ficou evidente que Navara e outros chefões da caça furtiva construíram mansões com os lucros da venda de chifres de rinoceronte a compradores chineses e vietnamitas nas últimas duas décadas.