Ivan Mazuze Penuka Ensemble
com Mike Armoogum, Olga Konkova, Stélio Mondlane, Steinar Aadnekvam e Tony Paco
O saxofonista moçambicano radicado na Noruega, Ivan Mazuze, regressa a Moçambique para um concerto imperdível em Maputo, esta Sexta-feira, 7 de Novembro, às 20h, na Sala Grande do Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM). O músico apresenta o seu mais recente álbum, “Penuka”, uma fusão de jazz contemporâneo com ritmos africanos, árabes e indianos.
Depois de passar por palcos da Noruega, Brasil e África do Sul, “Penuka” chega finalmente a Moçambique, marcando o reencontro de Mazuze com o seu público. Desta vez, o artista traz consigo o Penuka Ensemble, formado por músicos nacionais e internacionais que dão corpo a uma proposta sonora vibrante e intercultural, com a participação de Dua Maciel como convidado especial.
Lançado em 2024, “Penuka” é uma obra musical profundamente enraizada nas tradições africanas. O álbum é uma fusão sofisticada entre o jazz contemporâneo e sonoridades globais, criando uma paisagem sonora rica, espiritual e envolvente.
Uma viagem musical absolutamente imperdível!
07 nov. (sex.)
20h | sala grande
bilhetes: 700mt – normal 600mt – Clube Cultural *300mt – estudantes
venda física a partir de 5 Nov., na Recepção do CCFM
* apenas 50, na Recepção do CCFM
Quelimane é carnaval de Alex Dau
Na primeira sessão do Cineclube de Novembro, amanhã, Terça-feira, 4 de Novembro, vamos mergulhar no cinema moçambicano com “Quelimane é Carnaval”, de Alex Dau. Este documentário traz-nos os testemunhos de quem fez e faz a história do Carnaval em Quelimane, desde os anos 60, 70 e 80, passando pelo interregno pós-independência e pelo seu ressurgimento.
Entre antigos foliões e a nova geração entusiasta, o filme mostra como esta folia moldou a identidade da cidade, referida pelos entrevistados como o “pequeno Brasil”, e reforça a importância cultural desta celebração para a comunidade local.
Após a sessão, haverá uma conversa com o realizador e a convidada Glau Soares, preparadora de elenco e pesquisadora que traz ao debate a sua experiência em artes cênicas e audiovisual, bem como a valorização de perspectivas negras na produção cultural, oferecendo um olhar crítico e enriquecedor sobre o documentário e a representação do carnaval quelimanense.
Uma oportunidade imperdível para conhecer de perto esta celebração cultural e dialogar sobre cinema moçambicano e diversidade nas artes.
seguido de conversa com o realizador e convidada
04 nov. (ter.)
18h | auditório
gratuito
o itinerário do livro: edição, publicação, tradução e divulgação com Anne Lima, Olga Pires, Lucílio Manjate e Jessemusse Cacinda
A Fundação Fernando Leite Couto acolhe, na Quarta-feira, 5 de Novembro, às 18h, a mesa-redonda “O Itinerário do Livro: Edição, Publicação, Tradução e Divulgação”, um encontro dedicado aos caminhos que um livro percorre desde a sua criação até chegar aos leitores.
O evento contará com a participação de Anne Lima, co-directora das EdiçõesChandeigne e Lima, em França, Olga Pires (EPM-CELP), Lucílio Manjate (AEMO) e Jessemusse Cacinda (Ethale Publishing), que partilharão experiências e perspectivas sobre os desafios e oportunidades do processo de criação e circulação literária entre o espaço lusófono e o mundo, sob a moderação de Mélio Tinga.
Convidamos o público interessado, profissionais do setor e todos os apaixonados por literatura a participarem nesta conversa enriquecedora sobre os bastidores do livro. Não perca!
05 nov. (qua.)
18h | fflc
entrada livre
Apoio:Institut Français
le voleur de feuilles de Alice Hemming e Nicola Slater
No Sábado, dia 8 de Novembro, às 10h30, a Mediateca do CCFM acolhe mais uma actividade dedicada às crianças. Vamos ler e pintar o contoLe voleur de feuilles, de Alice Hemming e Nicola Slater.
A história acompanha um pequeno esquilo que descobre, com surpresa, que algumas das suas folhas coloridas — vermelhas, laranja e douradas — desapareceram. Com a ajuda de um amigo pássaro, ele descobre que o verdadeiro “ladrão” é o vento, e aprende de forma divertida como as mudanças de estação fazem a natureza transformar-se e colorir-se de diferentes formas.
Esta é uma narrativa encantadora que mostra às crianças a beleza das estações e como é importante observar e valorizar estas transformações.
Traz as crianças para esta manhã cheia de leitura, cor e imaginação!
lendo e pintando histórias
08 nov. (sáb.)
10h30 | mediateca
gratuito
recomendado a partir dos 3 anos
Apoio: Millennium bim
sempre que houver um Moçambique, haverá sempre um M pela perspectiva de Bruno Pedro
No âmbito das celebrações dos seus 30 anos, oMillennium bim apresenta a exposição fotográfica “Sempre que houver um Moçambique, haverá sempre um M”, do fotógrafo Bruno Pedro, patente na Sala de Exposições do Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), de 4 a 29 de Novembro.
Com curadoria de Mitchell Collinson, a mostra reúne uma selecção de imagens que reflectem a visão sensível e autêntica do autor sobre Moçambique — um olhar que revela a riqueza do quotidiano, a diversidade das paisagens e a força da identidade cultural do país.
Mais do que simples registos visuais, as fotografias de Bruno Pedro despertam uma reflexão profunda sobre o que significa ser moçambicano na actualidade, narrando histórias, emoções e contrastes que fazem parte da vida nacional.
Com esta iniciativa, o Millennium bim reafirma o seu compromisso com a arte e a cultura, promovendo um espaço de celebração da criatividade e do talento moçambicano no CCFM.
Visite!
alusiva aos 30 anos do Millennium bim
até 29 nov.
sala de exposições
entrada livre
visitas 2ª a 6ª: 10h-18h Sábados: 10h-14h
contacto para visitas guiadas:
mediation@ccfmoz.com
avant que j’oublie de Anne Pauly
Há, de um lado, o colosso de uma só perna e alcoólico, e tudo o que isso implica: violência doméstica, comportamento irracional, tragicomédia do quotidiano — um “grande maluco”, como diz a filha, um verdadeiro punk antes do tempo. E há, do outro lado, o leitor autodidata de espiritualidade oriental, de sensibilidade artística reprimida, que todas as noites deposita um beijo terno sobre o retrato pixelizado da falecida esposa; o meu pai, diz a filha, aquele que só ela parece ver por detrás das aparências do primeiro. Há, por fim, uma casa, em Carrières-sous-Poissy, e um mundo outrora rural e operário.
Dessa casa, será preciso fazer alguma coisa após a morte desse pai Janus, colosso frágil de dupla face. Cacofonia improvável, caverna de Ali Babá, a casa degradada torna-se uma rede infinita de sinais e recordações para a filha, que decide organizar meticulosamente os seus pertences.
O que dizem de um pai esses cadernos de haikus, nos quais folhas de ácer ou de papel higiénico servem de marcadores? Mesmo ela, a filha, a narradora, tem dificuldade em encontrar coerência nesse caos. E então, um dia, como vinda do passado e falando do além, chega uma carta — que revela toda a verdade sobre esse pai amado a quem, apesar da distância social, a filha tanto se assemelha.
Venha descobrir este livro na Mediateca do CCFM, seja para consulta no local ou até para o levar emprestado!