
Em mais um ataque vil à democracia e aos di- reitos humanos, ontem, segunda-feira, 21 de Outubro, cidadãos de quase todo o país foram alvo de violência pela Polícia da República de
Moçambique (PRM), quando pretendiam manifestar-se em repúdio ao assassinato bárbaro e covarde na sexta-feira, 18 de Outubro, de Elvino Dias, advogado e assessor jurídico do candidato presidencial Venâncio Mondlane, e Paulo Guambe, mandatário do partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), o partido que suporta a candidatura presidencial de Mondlane.
A intervenção da Polícia, que, pela primeira vez, contou com o reforço de um helicóptero – num país que está a soluçar perante os raptos, supostamente por falta de meios – e snipers espalhados no topo de alguns edifícios nas principais cidades, resultou em pelo menos três vítimas mortais em Maputo e Tete, mais de cem feridos, na sua maioria em Maputo, o principal palco das atrocidades policiais, que incluem ataque aberto e deliberado contra jornalistas. Há dezenas de detidos arbitrariamente.