Uma Plataforma de Parceiros Humanitários composta pelas organizações internacionais World Vision Moçambique, Plan International, ADRA e CARE tenciona assistir mais de 100.000 pessoas afectadas pelo Ciclone Chido nas províncias de Cabo Delgado e Nampula, no norte de Moçambique.

A plataforma necessita de assegurar cerca de 18 milhões de dólares para viabilizar intervenções em alimentação, abrigo, água, saneamento e higiene, bem como protecção. Pelo menos 45 pessoas perderam a vida, 493 ficaram feridas e mais de 181.554 foram afectadas pelo ciclone. Espera-se que estes números aumentem à medida que as avaliações continuam.
“Esta conjugação de esforços não é nova e tem como objectivo fortalecer a nossa capacidade de responder às necessidades das comunidades que servimos”, afirmou Carolina da Silva, Directora Nacional da World Vision Moçambique. Por sua vez, Katia dos Santos Dias, Directora Nacional da CARE Moçambique, destacou: “É urgente que o apoio chegue o quanto antes, tendo em conta a aproximação da época chuvosa e o facto de muitas destas comunidades já se encontrarem em situações de grande fragilidade devido ao conflito armado e à insegurança alimentar.” Existe ainda o receio de surtos de cólera e outras doenças de origem hídrica devido à degradação das já precárias condições de higiene e saneamento.
Espera-se que esta acção conjunta contribua para mitigar o impacto do Ciclone Chido, agravado pela insegurança alimentar crónica e pelo conflito armado que afecta parte da região norte do país desde 2017.
Os membros da plataforma têm operações nos distritos mais afectados pelo ciclone, nomeadamente Memba e Eráti na província de Nampula, e Chiúre, Metuge e Mecúfi na província de Cabo Delgado. As medidas mais imediatas incluem a distribuição de tendas, utensílios de cozinha e purificadores de água às comunidades afectadas. (Comunicado)