O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) em Nampula acaba de iniciar uma investigação à Delegada da RENAMO naquele ponto do País, Abiba Aba, por atentado a honra e bom nome do Presidente da República, conforme o previsto no Número 1 do artigo 237 do Código penal.
De acordo com uma fonte do SERNIC, Abiba Aba, poderá ser ouvida nas próximas horas, depois de reunidas todas evidências da prática do crime de ofensa a honra e bom nome do mais alto magistrado da Nação.
Sabe-se que a Delegada da RENAMO tem outros casos em investigação no SERNIC devido aos seus pronunciamentos públicos.
Lembrar que Abiba Abá falou em bom tom e perante os membros e simpatizantes da Perdiz que “eu não estou a mentir, o próprio Nyusi hoje é um grande traficante de drogas aqui na República de Moçambique.”
Abiba Abá afirmou que “o próprio Giquirito (Luís Giquira, Presidente do Município de Nampula) é o chefe do tráfico e que na semana passada estava em Maputo, onde estão a ser ouvidas pessoas por seu envolvimento no tráfico de drogas em Nampula.”
Abá explicou que eles são os responsáveis pela deterioração da juventude que compra e consome aquelas drogas pesadas. Entretanto, as acusações da cabeça-de-lista da RENAMO na província de Nampula são graves caso as mesmas não sejam comprovadas, a política pode ser acusada por difamação e injúria conforme estabelecem os artigos 233 e 234 da Lei n° 24/2019, de 24 de dezembro (Código Penal).
Segundo consta no artigo 233 sobre difamação, no número 1 estabelece que: “Quem difamar outrem publicamente, de viva voz, por escrito ou desenho publicado ou por qualquer outro meio de publicação, imputando-lhe um facto ofensivo da sua honra e consideração, reencaminhando ou reproduzindo a imputação, é punido com pena de prisão até 1 ano e multa correspondente.”
No entanto, não é a primeira vez que Abiba Abá que também é deputada da Assembleia da República e Presidente da 9ª Comissão de Ética Parlamentar se envolve em polêmicas, em agosto de 2020, Abiba Abá foi acusada de beneficiar-se de ajudas de custos no Conselho Autárquico da Cidade de Nampula, entre outras polémicas.
Contudo, não se sabe se as autoridades judiciais irão dar seguimento as acusações ou vão tratar do caso como um “mero ataque do calor político do momento”, até porque Abiba Abá goza de imunidade, mas tal como o caso Caifadine, a acção da delegada da RENAMO em Nampula pode ser tratada num campo diferente do parlamentar, onde a mesma pode responder enquanto cidadã e não como deputada. (TM/INTEGRITY)