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Mala com 20 quilos de cocaína desaparece misteriosamente no Aeroporto de Maputo

 

Por Quinton Nicuete

Uma rede interna de corrupção voltou a expor a vulnerabilidade das instituições moçambicanas. Uma mala contendo 20 quilos de cocaína, sinalizada pela Interpol e transportada por uma cidadã brasileira, desapareceu de forma misteriosa no Aeroporto Internacional de Maputo, sem deixar rastro.

A Interpol havia alertado previamente que a passageira traria droga no voo. No entanto, enquanto o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) detinha a “mula”, a mala com o entorpecente foi retirada discretamente do aeroporto e levada para a zona da Base Aérea, em Imbique, sob o olhar cúmplice de uma rede bem estruturada.

Segundo o jornal Evidências, mais de 14 pessoas já foram detidas, entre elas funcionários do aeroporto e membros das Forças Armadas, mas a droga simplesmente evaporou-se. As câmaras de vigilância terão registado o momento em que a mala foi retirada do lado do ar, sem qualquer controlo das autoridades que supostamente deviam garantir a segurança do recinto.

A ausência da cocaína levanta sérias suspeitas de conluio entre agentes públicos e redes do narcotráfico, confirmando que Moçambique continua a ser um corredor privilegiado para o tráfico internacional de drogas.

Enquanto isso, a população assiste, mais uma vez, ao retrato cru da impunidade: uma operação internacional cuidadosamente montada pela Interpol acaba frustrada em território nacional, não por falhas externas, mas pela infiltração do próprio sistema que devia combater o crime.

O silêncio oficial sobre o paradeiro da droga é ensurdecedor e compromete ainda mais a credibilidade do Estado. A questão que fica é simples e perturbadora: como pode uma mala com 20 quilos de cocaína desaparecer de um aeroporto internacional vigiado, à vista das câmaras e com alerta prévio? (Moz24h)

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