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Santos avançou que a seca destruiu milhares de hectares de culturas de milho, arroz, feijões e gergelim, comprometendo a atual campanha agrícola.
“Das cerca de 800 mil toneladas de produtos diversos, que o distrito esperava produzir, apena obteve pouco mais de duzentas mil”, frisou.
O administrador de Caia apelou aos camponeses para apostarem no cultivo em zonas baixas, onde a água não secou toda, e evitar vender toda a produção agrícola, para não enfrentarem fome.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) de Moçambique disse recentemente que o ‘El Niño’ poderá agravar a falta de chuva que já se verifica no país.
No final de setembro passado, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, apelou para a preparação da população e das entidades para os previsíveis efeitos do fenómeno ‘El Niño’ no país nos meses seguintes, com previsões de chuvas acima do normal e focos de seca.
Já no primeiro trimestre do ano passado, as chuvas intensas e a passagem do ciclone Freddy provocaram 306 mortos, afetaram no país mais de 1,3 milhões de pessoas, destruíram 236 mil casas e 3.200 salas de aula, segundo dados oficiais do Governo.
O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país. (NM)